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SAÚDE

Depressão é uma doença e não pode ser confundida com uma tristeza normal, afirma especialista

Depressão é uma palavra - frequentemente - usada para descrever sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando ou de alto astral. O médico com residência e especialização em psiquiatria, José Ricardo Pinto Silva, explica que estes sentimentos são normais em um ser humano. Ele afirma que a depressão, enquanto evento psiquiátrico, é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Silva alerta que muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma fazem mais mal do que bem. O amigo que realmente quer ajudar deve conselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste.

16/11/2012 - 15:50


O médico com residência e especialização em psiquiatria, José Ricardo Pinto Silva, relata que a população precisa saber diferenciar a depressão (doença) de uma tristeza, considerada normal. Ele exemplifica citando o luto. “Quando uma pessoa perde um ente querido fica triste ou deprimido. Isto é uma situação saudável e não é considerada uma patologia, porque faz parte da vivência humana. Quando existe um fato que justifique o estado de depressão é diferente quando não existe um fato externo. Algumas pessoas sentem tristeza ou desânimo, ficam pessimistas, se acham desinteressantes, entre outros fatores”.
Silva salienta que não deve tornar uma situação médica, considerada normal do ser humano. “O luto é uma situação que todos passamos ou iremos viver e a tristeza do outro não é doença. É uma tristeza saudável. Quando estamos deprimidos tudo é difícil ou fica estressante”.
O médico declara que em algumas depressões os principais sintomas são: irritabilidade, quadros de tristeza ou desânimo. “O mais importante é procurar ajuda quando a situção emocional é desproporcional as circunstâncias da vida. Por ex. Uma mãe chega chorando e diz que o seu filho sofreu um acidente e esta na UTI. Isto é considerado normal. O outro extremo é uma pessoa relatar que tem tudo em sua vida, mas se sente infeliz. O primeiro exemplo é uma depressão de tristeza (considerada normal) e o segundo é uma depressão doença, porque não tem haver com as cirscuntâncias. É importante fazer esta diferenciação para não tornar uma condição normal do ser humano em uma condição médica”.
Atualmente, as pessoas imaginam que todo o sofrimento emocional é uma doença. Conforme Silva, equivocadamente, alguns profissionais acreditam no fator doença, contudo, para este paciente (talvez) fosse melhor procurar um amigo. “Há pessoas que em qualquer problema emocional procuram um médico. No extremo que há pessoas com graves depressões que nem sabem que existe a possibilidade de um tratamento eficaz. Precisamos ficar atentos se existe uma patologia para tratá-la, pois o tratamento costuma ser eficaz”.
O profissinal afirma que quando a depressão é uma doença, o uso de medicamento é útil e fundamental. “Normalmente, os pacientes percebem os resultaados do tratamento com três ou quatro semanas. A partir disso, existe uma melhora progressiva e com orientaçao médica passa a diminui-lo aos poucos. Algumas pessoas precisam mais tempo, outras menos”.
Segundo o médico, a sociedade ainda tem um preconceito com a medicação psiquiátrica. “As pessoas acreditam que causa dependência ou traz prejuízo ao organismo. Eu posso afirmar que a maioria dos medicamentos que prescrevo é menos prejudicial que um anticoncepcional”.
Com isso, de acordo com Silva, a internação é cada vez mais rara. As ferramentas e as medicações permitem que o tratamento seja eficaz, além de ser mais confortável. “Em situações extremas, como riscos de suicídio, em que o paciente se recusa a tomar a medicação, nestes casos a internação é uma alternativa”.
Segundo o profissional, na medida em que uma pessoa envelhece aumenta a probabilidade de apresentar um quadro depressivo. Entretanto, há crianças com sete anos que possuem depressão. “De forma geral, o quanto antes for realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento, evitam consequências futuras”.
Silva enfatiza que se o paciente estiver com algum tipo de dúvida deve procurar por auxílio de um profissional.

**Substância**
O médico com residência e especialização em psiquiatria, José Ricardo Pinto Silva, explica que o organismo possui uma substância chamada serotonina. Ele comenta que a substância é semelhante a um estipulante produzido pelo organismo que dá ânimo, coragem, alegria ao cidadão, no entanto, se o organismo começa a produzir a substância em uma quantidade menor, a pessoa entra em um quadro de depressão (doença).
Silva lembra que a população residente na região Sul do País está mais propensa a ter uma depressão em comparação aos moradores na região Norte ou Nordeste. “Isto acontece porque no Norte há mais luz solar, um dos responsáveis pela produção da substância. Nos países em que o inverno é mais longo, com pouca claridade, um dos tratamentos é a fototerapia. No Brasil não precisamos deste aparelho”.

Neste sábado (17), a Casa de Notícias dará continuidade ao assunto falando sobre a quantidade de pacientes que apresentam quadros de depressão em Toledo e quem é mais suscetível a doença: o homem ou a mulher?

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