Bernartt lembra que a próxima safra, a de inverno, é considerada por muitos produtores insegura devido as geadas nesta época. “Estamos com uma situação muito crítica. Não teremos milho e, consequentemente, ração para sustentar o rebanho. Antes importávamos o milho do Mato Grosso por cerca de R$ 16 a saca. Atualmente, o valor está superior a R$ 20. Se o milho - a base da ração - subir ainda mais o seu valor, o frango terá que ter uma alta no preço para compensar e isto pode diminuir o consumo da carne, pois não pode repassar a margem ao produtor, porque ele precisa ter uma renda para fazer frente aos seus compromissos bancários, sustentar a sua família, pagar os seus empregados, entre outros”.
Bernartt explica que o custo mínimo no Paraná para o produtor é de R$ 0,43 por frango, um custo para ele pagar o investimento. “Ele não pode receber menos que este valor, caso contrário estará trabalhando no prejuízo. Não adianta garantirmos a exportação, uma indústria e quebrarmos o nosso produtor”.
Câmbio
Outro problema que pode ser enfrentado pelo produtor é o valor do câmbio, que afeta violentamente todas as exportações. “O governo brasileiro tem que tomar alguma atitude. A balança comercial que era garantida em cima do agropecuário, hoje, o setor está sofrendo muito em função do câmbio. Então se espera que Governo tenha uma atitude e volte ao nível que compense para continuar produzindo frango”.
Por Graciela Souza
