Elton Welter promete manter o perfil de deputado articulador tanto no estado, quanto em nível federal. “Vou começar o mandado ouvindo dos os movimentos organizados da sociedade. É preciso saber o que eles esperam do mandato. Não se pode confundir o Executivo com o Legislativo, mas o mandato pode mediar junto ao Executivo, soluções para as demandas locais e regionais”.
Oposição
O deputado promete uma oposição propositiva e crítica e diz que não se sente desconfortável por estar assumindo na condição de suplente de alguém que, embora fazer parte da coligação que não elegeu Beto Richa, está compondo o governo. “De forma alguma, não vou entrar em contradição a minha postura pública histórica. Já postei no meu twitter que ainda há tempo, estou dizendo publicamente que sou um deputado de oposição crítica. Quando o governo do Beto chamou o PMDB, ele não pensou no PT, pois ele sabe que nós tomaremos uma postura diferente na Assembleia. Mas o PMDB foi pragmático, quer ser sempre governo e por isso o convite foi para o Romaneli, agora a minha posição não vai mudar, não tem como ser diferente”.
Escândalos da Alep
Welter afirma que o PT tem propostas para que os problemas ocorridos na Alep (escândalos diários secretos, supostos desvios...) não se repitam, mas adverte que é preciso descentralizar o poder, caso contrário será difícil para que mudanças de fato ocorram. “O poder na Assembleia Legislativa é muito concentrado ainda, se não for dividido o poder, as responsabilidades de acordo com as proporcionalidades partidárias da representação que o povo delega através do voto do povo, pode não mudar muito. O novo presidente tá dizendo que vai tentar fazer isso, eu espero que faça. Mas como não definiram pela proporcionalidade na composição da mesa diretora o PT vai se abster da eleição, por não concordar com isto. Já é uma postura crítica que estou fazendo publicamente”.
Eleições 2012: O mais importe é o projeto e não o nome
Elton Welter confirma que seu nome está a disposição do partido para concorrer à prefeitura municipal em 2012, mas defende, o mais importante é o projeto e não o nome. “Minha tarefa principal é para unificar a oposição. Um projeto político não pode ser entorno de um nome. Vou me esforça para que o nome unifique a oposição na cidade, pois aí teremos uma vitória política e se a eleitoral vier, melhor ainda. Não tenho obsessão para ser este nome, eu acho que eu poderia ser. O nome tem que ser o que unifica mais, na minha visão, mas todos devem estar desprendidos e trabalhar pelo projeto político. Já disse ao Beto (Lunitti) que nós vamos estar juntos neste processo, vamos definir de forma qualitativa e quantitativa o nome. E o nome pode ser o dele (Beto Lunitti), mas o PT não pode ficar de fora deste processo de definição”.
Você acompanha a entrevista completa em vídeo no Bloco 1 e Bloco 2.
Texto: Selma Becker