Caciopar: Oeste aprofunda debate sobre onde está e onde quer chegar

Presidentes de associações comerciais, empresários, prefeitos eleitos, executivos, técnicos e profissionais discutiram durante dois dias sobre onde a região está hoje, seus desafios e potencialidades e o que precisa ser feito para que ela aprimore ações e projetos por um futuro melhor a todos. “O grande desafio é que ferramentas empregar de forma eficiente para que o verdadeiro potencial do Oeste possa se revelar e se materializar”, segundo o presidente da Faciap, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná, Rainer Zielasko. “A hora é de trabalhar ainda com mais determinação e eficiência, de forma coletiva, para concretizar os avanços há muito sonhados”, disse o prefeito eleito de Terra Roxa, Ivan Reis.
O associativismo como uma marca na vida regional foi a ênfase dada pela presidente da Câmara de Guaíra, Tereza dos Santos, durante a abertura oficial do Congresso, que contou também com a presença do presidente da Ferroeste, João Vicente Bresolin Araújo que decretou: “A Ferroeste não existiria se não fosse a Caciopar”. A articulação empresarial do Oeste, por meio da coordenadoria, foi decisiva para que a ferrovia fosse implantada, e agora, como ela sempre fez, precisará agir para que se crie um conselho de usuários da empresa. A finalidade, segundo João Vicente, é que a Ferroeste possa superar obstáculos, crescer e prestar, com eficiência e qualidade, os serviços para os quais ela foi originalmente projetada a desempenhar.
Cooperativismo
Um dos consensos no Congresso Caciopar é que a fórmula que dá sustentação ao cooperativismo é um dos melhores caminhos para conduzir a sociedade às mudanças e projetos que almeja. E o ex-presidente da coordenadoria, Guido Bresolin Júnior, deu um exemplo de resultados dessa articulação: o Sicoob Paraná, uma cooperativa de crédito que facilita o acesso a linhas de financiamento e torna os correntistas em cooperados, vai chegar a R$ 1 bilhão administrados. “Essa é uma clara demonstração de que quando as pessoas se unem por objetivos comuns elas materializam o que poderia parecer impossível”.
O diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito do BRDE, Nilvado Assis Pagliari, informou sobre linhas de crédito e condições oferecidas pela instituição. As taxas são das mais baixas do mercado, de 2,5% ao ano e o prazo de pagamento, com carência de 24 meses, pode chegar a oito anos. Já o presidente da Garantioeste, Augusto Sperotto, disse que o associativismo criou também uma poderosa ferramenta para aproximar principalmente o micro e o pequeno empresários de recursos bancários e com taxas ainda mais compatíveis com a sua realidade. A importância do envolvimento da mulher empresária no contexto de avanços regionais foi ressaltada pela presidente Conselho da Mulher na Faciap, Maria Salete Rodrigues de Mello.
“Queremos participar ainda mais decisivamente desse processo e o Paraná está na vanguarda ao criar e manter cem conselhos da mulher em atividade”, observou Maria Salete. Por sua vez, Elisangela Rosa, do Sebrae, e Jaime Nelson Nascimento , do PTI, informaram que os dois órgãos, além da ajuda já fornecida, estão à disposição para colaborar ainda mais com o fortalecimento de ações em favor do desenvolvimento social e econômico de toda a região. “As forças organizadas e as entidades, unidas, conseguem realizar grandes feitos”, afirmaram.
Desafios e virtudes
As questões técnicas envolvendo o desenvolvimento territorial foram aprofundadas por Carlos Paiva e Gilmar Barboza. O aprofundamento e a correta interpretação de indicadores, o reconhecimento de deficiências e virtudes, a definição de prioridades e o respeito às vocações, a profissionalização do argumento e o desenvolvimento de ações que possam segurar com mais eficiência os recursos locais são elementos essenciais da jornada que a região ainda precisará percorrer para alcançar seus objetivos. O evento também reservou a realização de workshops, city tour e passeio pelo lago e ilhas do rio Paraná.

Da Assessoria