O presidente da Câmara de Vereadores, Adelar Holsbach, relata que o primeiro projeto estava com a localização definida. Com isso, a maioria dos vereadores e a população que reside próxima daquela área não acharam um local apropriado e, por isso, o PL 138 foi reprovado. “O PL foi adequado e os vereadores votaram favorável e, futuramente, pretendemos dialogar com a nova gestão e com a sociedade para encontrarmos uma localização apropriada para a construção”. Holsbach salienta que a cadeia de Toledo é um ‘estopim’. “A colônia penal agroindustrial pode não resolver o problema da superlotação na cadeia de Toledo em sua totalidade, mas vai auxiliar para amenizá-la”.
O vereador Paulo dos Santos avalia que a construção de uma colônia penal agroindustrial pode auxiliar na segurança pública de Toledo e região. “É um absurdo o que vivenciamos diariamente na cadeia: um depósito de pessoas. É um ambiente sem condições para o ser humano ser aprisionado. A colônia traz segurança para os que trabalham na delegacia e, principalmente, segurança para a sociedade”.
Santos afirma que a colônia penal agroindustrial não vai decidir de imediato a transferência de todos os presos, pois ela é para regime semi-aberto, ou seja, aqueles que progrediram na pena irão prestar serviços na colônia. “Acredito que este projeto abra portas para que futuramente tenhamos a construção de uma penitenciária em regime fechado, o qual seria uma forma de resolvermos os problemas”.
O vereador Leoclides Bisognin é favorável a qualquer projeto que resolva os problemas dos apenados de Toledo. “Se a colônia penal agroindustrial resolver somente o problema de seis a oito apenados, não resolve o problema da cidade. Por que temos que oferecer 18 mil metros quadrados de área para não resolver os problemas de Toledo? Se for para desafogar o cadeião, ótimo. Eu – sou favorável – que os presos trabalhem para diminuir a pena. Se as pessoas pudessem trabalhar e estudar teriam a chance de recuperação. Se não tivermos estes ambientes que deem esta facilidade não teremos nenhuma recuperação. Toledo tem que dispor de seus recursos para resolver os problemas dos apenados da cidade”.
Para Bisognin é preciso trabalhar com a prevenção. “Exemplo: Eu sou favorável que se comece em falar em drogas desde a quinta série até o último ano. Se tem algo que funciona é prevenção. Vamos educar as crianças. É preferível gastar um décimo em prevenção a dez vezes maior com recuperação. Precisamos de escolas em tempo integral, projetos de esporte, cultura e lazer. Assim, faremos a prevenção na área de segurança”.
O vereador, Rogério Massing, considera que é necessário dar continuidade a discussão do setor carcerário da cidade. “O governador tem a intenção de eliminar os cadeiões centrais, as chamadas cadeias públicas, porém me posiciono contrário a aprovação de uma área no regime urbano. Sou favorável a construção fora do perímetro urbano, porque temos uma cadeia pública no centro e já queremos dar uma destinação final a ela. Adianto se o Município colocar a disposição do Estado uma área dentro do perímetro urbano vou votar contrário, porque em Toledo não há bairros pequenos, todos crescem com a mesma igualdade e tem que ter o mesmo respeito”.
O vereador, Ademar Dorfschmidt, lembra que o PL 138 – em sua mensagem - indicava o local, mesmo não constando como artigo no PL. Ele relata que a população procurou os vereadores para abordar o assunto e eles decidiram que se não houvesse um debate com a comunidade iriam reprovar o projeto e assim aconteceu. “Por isso, solicitamos que fosse retirado o local e o PL 150 não o contempla. Em momento algum somos contra o projeto, mas precisamos registrar que o projeto da colônia não desafoga a delegacia de Toledo e devemos retomar a discussão do presídio. Devemos conversar com a sociedade”.
O vereador, Luís Fritzen, declara que toda a iniciativa para desafogar a cadeia de Toledo traz benefícios para a cidade. “O primeiro projeto era para abrir um crédito no orçamento e não diz o local da área, pois ela será doada posteriormente. O que está sendo votado é a abertura de um crédito em 2013 para poder comprar uma área e fazer a doação posterior”. Fritzen acrescenta que atualmente a cadeia está superlotada e os presos – por uma questão de justiça - precisam ficar em ambiente adequado.
Com informações da Assessoria da Câmara de Vereadores