A secretária de Educação, Janice Salvador, que acaba de assumir a pasta, falou de sua satisfação de receber os servidores da educação neste início do ano letivo e da responsabilidade que isso representa, ao ver o Teatro Municipal cheio como estava na terça-feira. “Assim como eu, certamente vocês estão muito empenhados em proporcionar as crianças de Toledo um ensino de qualidade, referência para o município, a região e o Paraná”, disse. Entre os profissionais estão professores mais antigos e novos, convocados no início deste ano. De todos, ela pediu total empenho durante o ano letivo para que Toledo continue tendo índices tão positivos na educação. “A educação é um trabalho que dificilmente termina na sala de aula. Isso muitas vezes sacrifica, mas os professores não se omitem ou negligenciam de suas ações. Conto com cada um de vocês para que a educação de Toledo cresça e seja referência na região e no Paraná, fruto da união do trabalho de cada um”, frisou a secretária.
Janice ainda fez uma reflexão e citou o poema de Fernanda Pessoa chamado ‘Mar Português’:
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu”.
Ao final do poema, ela questiona se a educação é o mar? “A analogia me parece bastante válida, pois a educação tem a vastidão, a beleza e os perigos do mar. É assim repleta de contradições, de complexidades, mas de muitas realizações. Embora cause dor, sofrimento, angústia, desgaste, também nos dá a possibilidade de sermos felizes. Penso que este seja a grande beleza da educação e o grande compromisso de cada um de nós, que é de viver um pouquinho com cada um daqueles que passou por nossas mãos ao longo da nossa trajetória pessoal, que possamos viver em cada uma destas pessoas positivamente com a consciência de que educou, cuidou, ensinou, alimentou, limpou com carinho e dedicação que as crianças, jovens e adultos merecem”. Ela ainda acrescenta que segundo o poeta, a alma de quem age assim não pode ser pequena, e sim, alma de gente grande. “Gente que se reconhece como sujeito no que faz e reconhece a dificuldade e que até se sacrifica as vezes. Nós somos ou constituímos um grupo que sempre tem o que fazer depois de suas 4h ou 8h de trabalho. O nosso trabalho dificilmente termina e, as vezes, nós sacrificamos por conta disso, mas apesar do sacrifício, nós não nos omitimos e não negligenciamos a importância do nosso trabalho”.
Da redação e da Assessoria - Toledo
