Hospital Regional de Toledo tem 30% da obra concluída, disse o engenheiro.Construtora recebeu o equivalente a 19%

Ele lembra que a Prefeitura de Toledo efetua o pagamento em atraso de até 20 dias após a medição. “Durante a execução da obra, nós tivemos dificuldades com relação a recebimento, mas por parte da prefeitura. Não que ela não tenha os recursos, porque o que li na imprensa é que todos os recursos estão depositados”.
Os Governos (Federal e Municipal) investiram R$ 11.937.562,54. O valor é utilizado para a edificação do prédio localizado na Vila Becker, próximo à Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). A obra é executada pela Endeal Engenharia e Construções Ltda, de Curitiba. O prefeito de Toledo, José Carlos Schiavinato, afirma que o Governo Federal já investiu todo o recurso para garantir a conclusão final da obra. “Estamos com a sétima medição desta obra, temos o valor pago de investimento”.
Schiavinato relata que do valor total, a construtora fez um desconto no montante de R$ 1,2 milhão para atender as necessidades de ajustes e eventuais aditivos no contrato uma vez que houve mudanças nos projetos. “O valor de sobra do investimento desta obra poderá ser utilizado para melhorias na estrutura e algum aditivo na execução deste empreendimento que tenha possivelmente ficado fora dos projetos”.
A previsão inicial para a conclusão da obra era maio de 2013. Sincler estima até julho de 2013, a construtora entregue a obra concluída. Por sua vez, o prefeito, José Carlos Schiavinato, acredita que a obra será executada durante todo o próximo ano. “O ano de 2013 vai ser absolvido pela construção e possivelmente até julho de 2014. Com isso, os processos licitatórios para a compra de equipamentos e móveis devem iniciar em julho do próximo ano”.

Atrasos
O engenheiro responsável, Douglas Sincler, explica que o atraso da obra é em decorrência da compatibilização de projetos. A princípio, os projetos foram elaborados ainda na gestão do prefeito Derli Donin. Conforme exigências da vigilância sanitária, os projetos foram readequados em 2010, mas neste ano, a construtora fez novas alterações, pois estavam os projetos estavam ultrapassados de acordo com as normas da Anvisa.
A ocorrência de chuvas foi outro fator destacado por Sincler. “Tivemos 35 dias de chuvas, ocasionando a paralisação da obra. Os 35 dias paralisados refletem em mais de 40 dias na obra e isto acaba sendo dificultoso”.
De acordo com Sincler, na obra atuam aproximadamente 60 funcionários, podendo totalizar 80 até o final de janeiro de 2013. “Atualmente, o mercado da construção civil está muito aquecido e os profissionais não querendo trabalhar ‘fichado’. Eles preferem trabalhar por conta e atuarem em reformas”.

Atendimento
A obra está sendo construída em uma área de 8.878,74 metros, totalizando três blocos, com dois pisos cada. A estrutura terá salas de atendimento, de cirurgias, Unidades de Tratamento Intensivo (UTI’s), entre outras estruturas. O atendimento será exclusivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a administração deverá ser feita através de um consórcio, com a participação de todos os municípios envolvidos.
O hospital regional de Toledo deverá atender aproximadamente 500 mil pessoas, abrangendo os municípios que fazem parte da 20ª Regional de Saúde. O hospital regional contará com 88 leitos. O Ministério da Saúde preconiza que para cada mil habitantes é necessário abrir – no mínimo – 2,5 leitos hospitalares e – no máximo – 3 leitos hospitalares. Atualmente, a população da 20ª Regional de Saúde totaliza 360 mil, isto significa que a regional deveria ter no mínimo 900 e no máximo 1080 leitos hospitalares. Contudo, a regional possui em torno de 700 leitos. O secretário do executivo do Ciscopar, Vilmar Covatti, relata que a inauguração do hospital vai representar uma calma ou uma tranquilidade no encaminhamento de pacientes para os leitos. “Nos últimos anos, a população tem aumentado, porém não tem a mesma progressão no número de leitos. Mas com certeza ainda haverá demanda reprimida. Os problemas na saúde são diários e isto vai tranquilizar um pouco os gestores municipais”.

Aquisição de equipamentos
O prefeito Schiavinato afirma que o Estado tem o compromisso de auxiliar na aquisição de equipamentos e móveis. “O Estado precisa do cronograma da obra para poder viabilizar a compra destes equipamentos, pois deverá constar em seu orçamento. O governo vai cumprir com este compromisso. É importante que tudo que for necessário tanto a União como o Estado terão a responsabilidade de bancar, porque a Prefeitura não tem condições de fazê-la. O recurso será de em média R$ 25 milhões em equipamentos e mobiliários para que funcione o empreendimento”.