Até setembro deste ano, o banco teve um lucro de R$ 4,731 bilhões, 26% do resultado global do grupo espanhol. Indicadores econômicos mostram que o Santander tem sua maior lucratividade no Brasil, sendo considerado o segundo melhor desempenho entre os cinco maiores bancos que atuam no País. O secretário geral do Sindicato dos Bancários de Toledo e região, Zelário Bremm, comenta que o crescimento é maior que a inflação. “O Santander está com uma campanha na mídia, informando que é único banco que abre uma agência por dia. Se abre uma agência por dia no Brasil é preciso contratar pessoas e não demiti-las”.
Bremm destaca que não há critérios para as demissões. “A categoria percebe que é demitido aquele profissional com um salário e faixa etária maior, quando apresenta dificuldade para demonstrar resultado no mercado. O banco opta pelo jovem, porque o oferece um salário menor e, consequentemente, ele trabalha mais. Em anos anteriores, outra empresa teve atitude semelhante e gerou ações a ela”.
Ele enfatiza que o banco não está propondo a substituição de cinco mil funcionários, mas o corte dos mesmos. “Com isso, os profissionais que ficarem na agência terão que administrar as mesmas demandas, mas com um número menor de colegas”.
Conforme informações do Sindicato dos Bancários de Toledo e região, o Santander deveria fazer contratações, acabar com a rotatividade, melhorar as condições de trabalho e apostar no crescimento do país, mas faz o contrário, demite seus funcionários às vésperas do natal. Diante disso, o sindicato exige a reintegração dos profissionais desligados e a manutenção dos empregos dos trabalhadores. “A categoria luta pela manutenção do emprego dos funcionários e pela qualidade no atendimento ao usuário. Quando se busca uma melhoria para o trabalhador bancário, ele consequentemente traz uma melhoria para o usuário”.
Bremm comenta que o Sindicato desconhece de quem é a decisão das demissões: mundial ou nacional. “A CUT faz parte de uma organização internacional que congrega sindicatos e centrais sindicais. Mesma na Espanha ou em outros países, os sindicatos podem desenvolver ações cobrando uma posição com relação a outros países, principalmente os países latinos, locais de maior atuação do Santander”.
Na próxima semana, os Sindicatos vão avaliar os resultados das ações nos Estados nesta semana. “Não descartamos a possibilidade de uma nova paralisação no Brasil. E algumas ações sindicais em outros países”.
Com informações da assessoria