Casa de not%c3%adcias   1144 x 150  %281%29

SAÚDE

Verão: cuidados redobrados com a pele. Protetor solar é um aliado nas altas temperaturas

Oficialmente, o verão começou no último dia 21, porém as temperaturas das últimas semanas  dão uma mostra do que virá por aí. Nesta época do ano, os cuidados com a pele devem ser redobrados, devido à grande exposição aos raios ultravioleta. Mas, muitas pessoas se esquecem da pele. É possível curtir o melhor da estação – férias, praia, sol, mar e piscina – sem deixar marcas no rosto e no corpo, que possam comprometer a saúde da pele. Para isso, as palavras-chave do verão são: proteção e hidratação.

26/12/2012 - 15:14


O dermatologista, Orley Alvaro Campagnolo, explica que a pele - por ser o maior órgão do corpo humano – está sujeita a uma série de problemas. Segundo o profissional, as pessoas que tem/tiveram uma exposição intensa no sol devem/deveriam visitar rotineiramente ao dermatologista para fazer uma avaliação do órgão.
Campagnolo relata que as pessoas devem estar atentas as feridas ou manchas que surgem neste período. “Feridas que não cicatrizam, lesões de acne que sagram com facilidade ou não cicatrizam, manchas vermelhas, lesões que formam cascas aderentes localizadas em áreas expostas em qualquer área do organismo manchas escuras, pintas que começam a mudar de forma e cor podem ser incidência de câncer de pele”.
Campagnolo explica que alguns fatores auxiliam no surgimento do câncer de pele. “A grande quantidade de profissões que trabalham no sol, como os agricultores. Além da etnia, porque pele, olhos e cabelos claros estão mais sujeitos ao câncer de pele”.
O dermatologista esclarece que o efeito do sol é acumulativo. “Sempre chamo a atenção que os níveis de radiação ultravioleta aumentaram no mundo. Existe uma escala que mede os níveis de radiação e várias regiões tem ficado entre 11 e 12 nesta época do ano. O sol está perigoso e os cuidados devem ser redobrados”.
Os principais cuidados – de acordo com Campagnolo – são: evitar sol entre 10h e 16h; usar o filtro solar mínimo fator 30 e repassar a cada duas horas; utilizar chapéus; óculos escuros e guarda sol. “As pessoas devem procurar pelas sombras e ingerir mais líquidos para manter o organismo e a pele hidratados”.
Bronzeamento artificial
Campagnolo afirma que a Sociedade Brasileira de Dermatologia condena o bronzeamento artificial, pois ele é responsável por aumentar a suscetibilidade da pele ao câncer. “É um dilema para o ser humano conciliar um padrão de beleza com a saúde. Se as pessoas optam como um padrão de beleza que estejam conscientes dos riscos e procurem minimizá-los. Não estimulamos a fazer o bronzeamento, porque favorece o aparecimento de câncer, além de acelerar o envelhecimento cutâneo”.
O dermatologista esclarece que o câncer de pele– de uma forma geral – é uma proliferação anômala e indeterminada de células que foge de um padrão normal. “Ela pode destruir estruturas locais pelo seu crescimento dependendo do tipo de câncer. Além da destruição celular, que atinge a corrente linfática ou sanguínea, também pode se instalar em outros órgãos produzindo tumores idênticos aos originais e os destruindo”.
Campagnolo enfatiza que o câncer de pele mata mais de duas mil pessoas por ano no Brasil. “Existe um tipo de câncer que é bastante agressivo que é o melanoma. Ele não é o mais comum, mas é o que mais aumenta em incidências no mundo”.
Barreira cultural
Para o dermatologista, o uso do filtro solar ainda é uma barreira cultural. Segundo ele, a população possui uma cultura de escovar os dentes para proteger a boca de doenças, porém não são todas as pessoas que possuem o hábito de utilizar o filtro solar. “Acredito que a maior barreira ainda é a cultural. O filtro solar é uma arma indispensável para prevenir o câncer de pele”.
Outro fator destacado por Campagnolo é que o homem pode estar mais predisposto a ter doenças de pele do que a mulher, porque ele se cuida menos. “A mulher tem uma preocupação preventiva maior. Além que, o homem tem menos afinidade com o passar cremes na pele do que a mulher. Mas isto deve mudar”.
Ele acredita que ações educativas realizadas com crianças podem auxiliar na diminuição de doenças de pele. “Quando se investe – seja em qualquer situação - na criança (a qual tem um cérebro mais maleável a este tipo de informação), ela provoca uma mudança de comportamento no futuro”.

Anuncio gene 2