Para os participantes compreenderem a gestão inovadora, o diretor de coordenação da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich, citou o exemplo da instituição em que atua. Segundo ele, a Itaipu iniciou o planejamento estratégico em 2003. O objetivo era visualizar a instituição 40 anos a frente. “Qual seria o papel da empresa diante das mudanças no planeta sob aspectos econômicos, sociais, tecnológicos, culturais e, com isso, aproximá-la do futuro. A nova missão é o resultado do diálogo entre os diretores da Itaipu e comunidades”.
Ao concluir o planejamento estratégico, Friedrich afirmou que a Itaipu deixou de ser apenas a geradora de energia e passou a ser reconhecida pelo Parque Tecnológico, pelo Programa Cultivando Água Boa, pela plataforma de energias renováveis, pela ampliação do complexo turístico e pela pesquisa e criação de um carro elétrico que não polui a atmosfera, entre outros. “Neste contexto podemos analisar como acontecem as inovações dos governos”.
O diretor de coordenação da Itaipu Binacional explicou que o gestor precisa projetar o seu governo entre 20 a 30 anos no futuro. “O gestor e a sua equipe precisam ter com clareza os objetivos estratégicos para construírem as metas. Isto implica em mudanças no modelo de gestão, ou seja, com mais políticas públicas e estruturantes e não apenas por emergência ou demanda. Caso contrário, a administração realizará um trabalho de bombeiro (apagar o incêndio), isto é, atua onde existe algum tipo de problema”.
A gestão inovadora, de acordo com Friedrich, implica em mudanças internas. “Em um modelo de gestão mais integral ou sistêmica, porque tudo está interconectado. As secretarias precisam estar a serviço dos objetivos que foram definidos pelo gestor. “Como fazer saúde sem saneamento? Como fazer saúde, saneamento sem meio ambiente? Como fazer saúde, saneamento, meio ambiente sem alimentação saudável ou educação? Mesmo mantendo cada secretaria com sua estrutura, o gestor deve elaborar metas, as quais serão trabalhadas em conjunto”. Ele exemplifica a diminuição da mortalidade infantil. “O gestor deve ter a vontade política em reduzir o índice e todas as secretarias devem estar envolvidas para que isto aconteça”.
Friedrich afirma que outra questão decisiva na gestão integrada é a participação da sociedade. “Isto significa dizer que uma governança inovadora deve permear a participação das comunidades. A sociedade deve ser sujeito de sua história e não apenas objeto de políticas deste ou aquele político”.
Ele enfatiza que governança inovadora significa responsabilidade compartilhada e, por isso, nenhum governo sozinho resolve problemas. “Os maiores problemas que temos necessitam do envolvimento das três esferas dos governos, das organizações não governamentais, das universidades, das instituições de ensino, das famílias, das empresas e do cidadão. Caso contrário, a responsabilidade hora será do governo, hora da sociedade. É preciso compartilhar sonhos, esperanças e responsabilidades”.
Conforme o prefeito de Toledo, Beto Lunitti, a governança inovadora parte do princípio de que é preciso mudar o hábito, a cultura e o pensamento de cada servidor antes de estabelecer os objetivos e as metas estratégias. “Aqueles que fazem parte do governo devem estar preparados para a mudança de hábitos e de cultura. Eles devem estar dispostos a promoverem a inovação de que cada pasta tem por competência. Que eles deixem fluir as suas ideias e da comunidade, sem deixar de focar naquilo que é proposto pelo governo. O time que governa tem que se apropriar deste modelo de gestão”.
O diretor de coordenação da Itaipu Binacional enfatiza que o gestor precisa compreender que a mudança acontece internamente e externamente, ou seja, aliar a mudança conjuntural com a estrutural. “Para a mudança, a gestão não pode parar. Ela pode construir um tempo durante a semana para que as iniciativas de curto e médio prazo estejam presentes. Quanto mais a sociedade estiver envolvida, mais irá compreender a necessidade de ter paciência para atingir os resultados. Não devemos nos preocupar somente com os produtos, mas também com o processo. O processo é uma conquista”.
Beto Lunitti acrescenta que a inovação passa pelo desenvolvimento econômico, porém ele também deve ser uma ferramenta para melhorar a qualidade de vida das pessoas. “A melhor qualidade de vida para as pessoas é termos o nosso povo feliz. O rumo do nosso governo tem sensibilidade, personalidade e é pró-ativo”.
GERAL
A gestão cujo objetivo é ser inovadora, será uma gestão para fazer história, afirma diretor de coordenação da Itaipu
Governança Inovadora foi o tema do primeiro seminário promovido pela administração de Beto Lunitti e Pelanka. O diretor de coordenação da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich, foi o responsável por abordar o assunto e explicou que em um governo inovador os gestores devem ter a clareza de seus objetivos e metas. Friedrich destaca que a gestão cujo objetivo é ser inovadora, será uma gestão para fazer história. “É preciso ter cada vez mais presente de que hoje um dos grandes caminhos são as chamadas cidades sustentáveis”. O prefeito, Beto Lunitti, afirma que esta forma de gestão será uma das ferramentas em seu governo para melhorar a qualidade de vida da população toledana.
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