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EDUCAÇÃO

Governo do Paraná não atende reivindicações dos professores e categoria promete greve a partir do dia 13 de março

A greve dos professores da rede estadual talvez seja o único caminho para levar o Estado o entendimento das reivindicações da categoria. Desde o ano passado, a classe está dialogando com o governo. Conforme acordado com a categoria, o Estado deveria ter implementado neste ano os 33,3% de hora-atividade e não somente aumentar 5%, o que totalizou 25%. Além de reivindicações relacionadas a saúde, reconhecimento, entre outras. A coordenadora da Comissão Diretiva da APP – Toledo, Marissa Eger, relata que durante a última assembleia no ano passado, a categoria aprovou a interrupção das atividades no dia 13 de março. Até lá, a categoria vai promover mobilizações nas escolas no início das aulas (em fevereiro), debates com a comunidade e funcionários, panfletagens e outras ações. Está marcada para o dia 09 de março uma assembleia estadual para discutir os avanços. “Acredito não havendo implementação das reivindicações, nós iremos entrar em greve”.

10/01/2013 - 16:03


Segundo a coordenadora da Comissão Diretiva da APP – Toledo, Marissa Eger, do ano passado até esta quinta-feira, dia 10 de janeiro, o que a categoria teve de avanço – em termos de negociação com o governo – foi o pagamento das promoções e progressões que estavam em atraso. Contudo, outras reivindicações não foram atendidas, como a lei de piso. Ela explica que esta lei começou a ser vigorada em janeiro de 2012, porém os profissionais receberam o piso a partir do segundo semestre do ano passado. “De janeiro até junho, a categoria não recebeu ainda o que se refere a Lei do Piso Salarial Nacional. O governo está em atraso com os professores”.
Outra reivindicação que não houve avanço citada por Marissa é a realização de um concurso público para a contratação de novos educadores. “A expectativa era que o edital fosse aberto em agosto de 2012. Depois passou para setembro, novembro e dezembro. Resultado: o edital não foi publicado. Desta forma, o concurso não foi aberto. Além que, a APP não aprovou o edital, porque avaliou as provas como subjetivas. Elas incluíam testes práticos, avaliação metal dos profissionais, entre outras questões”.
Ela acrescenta que a APP quer um concurso que tenha isonomia para avaliar as pessoas, ou seja, que o critério seja semelhante para todas. Marissa destaca que de acordo com um cálculo realizado pela categoria há uma defasagem de 12 mil professores na rede.
O aumento da hora-atividade é outro fator discutido pela classe. No início de 2012, o Governo do Estado se comprometeu oferecer os 33,3% de hora-atividade aos professores no início das aulas deste ano. Mas, houve somente o aumento de 5%. Marissa afirma que o Governo descumpriu com uma ação pactuada com a categoria. “As horas-atividades são fundamentais para prepararmos as aulas, corrigirmos provas ou trabalhos, entre outras ações. A categoria se surpreendeu quando iniciou o ano e percebeu que a distribuição de aula aconteceu somente com 25%. Não aquilo que nos foi prometido. Não é isso que queremos e não é 25% que está na Lei. O governador deve cumprir com a Lei e nos oferecer os 33,3% de hora-atividade”.
Com relação a saúde dos trabalhadores, Marissa declara que frequentemente, o Fórum dos Servidores Estaduais reúne-se com o governo, o qual apresenta diversas propostas, porém nada de efetivo com relação a melhoria da questão da saúde do servidor. Segundo ela, no final do ano passado, houve falta de médicos ortopedistas, porque a SAS estava com o pagamento dos médicos em atraso. Posteriormente, a situação foi resolvida. “Mas ainda estamos descontentes com o sistema. Ele não atende as nossas necessidades”.
Marissa enfatiza que a APP- Sindicato está mantendo um diálogo constante com o Estado, porém ela lamenta que o Governo não cumpra com suas promessas. “A categoria está cansada de escutar tantas promessas. Ela quer ver acontecer. Chega de discurso! Chega de diálogo bonito! Chega de colocar informações no site da Secretaria de Educação afirmando que vai cumprir determinadas reivindicações e nada acontece”.
Ela destaca que a categoria está unida. “Do ano passado para cá, as assembleias estão lotadas. Nós conclamamos os educadores que participem e se informem. Não é uma questão de conquistas de novos direitos, e sim, manutenção de direitos já adquiridos”.

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