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GERAL

Meio Ambiente retoma discussão do destino de pneus inservíveis em Toledo. Em 15 dias de trabalho, Secretaria diagnosticou irregularidades no sistema

Estima-se que cerca de 100 mil pneumáticos inservíveis são produzidos mensalmente pelas empresas em Toledo. Alguns proprietários dão um destino correto para os materiais, porém outras pessoas – segundo informações extra-oficiais – os descartam ao meio ambiente. Desta forma traz consequências sérias para a saúde pública, já que o pneu é um dos locais de proliferação da larva da dengue. Em 2012, a Secretaria do Meio Ambiente promoveu diversas reuniões com proprietários de borracharias para discutir o assunto. Em um dos encontros, o grupo decidiu que a Borracharia do Mãozinha, tendo como proprietário Nelson Vilson Braga da Silva, faria o serviço de recolhimento dos pneus oriundos de borracharias e/ou particulares em qualquer estado de conservação e com taxas estabelecidas. Inclusive, na época as empresas que não participaram da reunião receberam uma cópia da ata. Nesta terça-feira (15), quase um ano após esta decisão, o secretário do Meio Ambiente, Leoclides Bisognin, retomou a discussão, pois diagnosticou que diversos dos itens presentes na ata da reunião no ano passado não estão sendo cumpridos. Bisognin afirma que o processo de logística desenvolvido para o programa é bom, entretanto, não adianta fazer o recolhimento dos pneus e deixá-los armazenados em local impróprio, ainda mais quando o Município está a beira de uma epidemia de dengue.

15/01/2013 - 12:56


Segundo o secretário do meio ambiente, Leoclides Bisognin, os pneus não estão sendo recolhidos e armazenados corretamente. Bisognin explica que quando assumiu a Secretaria buscou averiguar o endereço em que os pneus estavam sendo depositados e para a sua surpresa não era o indicado em ata. Na época, o barracão estaria localizado na Vila Industrial, porém hoje os pneus encontram-se em um estabelecimento no Jardim Gisele.
Outra preocupação citada por Bisognin é que 70% dos pneus estão depositados em uma área sem cobertura do barracão. “Isto é um absurdo em um momento que se discute combate a dengue. Os pneus estão sujeitos ao acúmulo de água. Deste modo, sendo criadouros propícios para mosquitos transmissores da dengue. Atualmente, o total de pneus acumulados corresponde a cinco cargas”.
Na época, a fiscal em meio ambiente, Gracielle Johann, explicou que a destinação inadequada dos pneus poderia gerar danos ao meio ambiente, mas principalmente trazer prejuízos para a saúde da população. “O principal aspecto analisado é a questão sanitária. Estamos fazendo este trabalho principalmente a pedido da vigilância epidemiológica, porque a equipe possui um estudo realizado na cidade de que os pneus são o segundo local em que há maior proliferação da larva da dengue”.
Recolhimento
O proprietário de uma borracharia na cidade, Romildo da Silva Eugênio, disse que repassou somente uma vez os pneus para o responsável e desistiu porque ele quis aumentar a taxa, sendo que o valor foi estabelecido em ata no ano passado. “Ele assinou um acordo e não cumpriu. Em Cascavel, a categoria está organizada em uma associação, na qual cada participante paga R$ 50 por mês e pode levar um caminhão de pneu. Em Toledo, a classe não é unida e, por isso, é esta bagunça. Solução nós temos, mas devemos nos ajudar. Um sozinho não faz nada”.
Na época estabeleceu-se que para o pneu de passeio/camioneta seria cobrado o valor de R$ 0,50 fixo; ao pneu de carga seria cobrado o valor de R$ 1; de equipamentos “fora de estrada” custariam R$ 3 a unidade para entrega. As câmaras e protetores deveriam ser entregues em fardos de 60 kg e seria cobrado o valor de R$ 0,50 o fardo. Pneus de bicicletas seriam entregues em fardos de 20 kg e de motocicletas em fardos de 10 unidades, cada fardo custaria R$ 0,50 para entrega.
Ações
Ao final da reunião definiu-se o período de quinze dias para que se procure um novo parceiro e local para a disposição dos pneus, que atenda aos requisitos necessários para se evitar o acúmulo de água. A nova reunião acontecerá no próximo dia 31 (quinta-feira), às 9h, na Secretaria.
O secretário do meio ambiente, Leoclides Bisognin, irá verificar se o Município pode ceder algum local em medida de urgência para depositar os pneus. “A verdade é que precisamos de uma solução urgente”.
Bisognin lembra que o responsável pelo recolhimento, Nelson Vilson Braga da Silva, foi convidado para a reunião, porém não compareceu. “Se ele quiser continuar recebendo os materiais terá que fazer melhorias, caso contrário será descredenciado”.
Durante a reunião, o grupo também estabeleceu a realização de uma campanha educativa para a população, que deseja levar para casa os inservíveis, quando da troca por novos.

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