O secretário de saúde, Edson Simionato, esclarece que o grupo não recolherá folhas ou restos de construções, mas sim, materiais que possam acumular água, como pneus, lonas, entre outros. O secretário de saúde destaca que o arrastão é uma ação de emergência e não de rotina ao combate a dengue. “Não trabalharemos nesta lógica. Queremos ao final deste arrastão ter diminuído o índice de infestação e trabalhar na linha de engajamento da população e reposição do número de agentes para que no próximo ano não tenhamos estes índices preocupantes”.
Outra ação estabelecida pelo prefeito, Beto Lunitti e vice Adelar Holsbach 'Pelanka' é a homologação do concurso público de agentes de endemias e a autorização da abertura de um novo concurso público para a contratação de mais profissionais.
O prefeito, Beto Lunitti, lamenta que os índices da dengue tenham chegado a este patamar, mas afirma que ele juntamente com toda a equipe vai promover ações de combate a dengue. Ele lembra que desde o primeiro dia de seu mandato a Câmara Técnica de Saúde - constituída durante a transição de governo para discutir a reestruturação da saúde pública – está pensando na dengue. Lunitti ainda reafirma que quando assumiu o governo solicitou ao secretário de saúde, Edson Simionato, e sua equipe para que produzisse um diagnóstico da situação da dengue em Toledo e surpresa ou não os resultados são críticos. “Estamos diante de uma epidemia de dengue e a população precisa estar ciente disso. A população de Toledo deve saber que a dengue mata e não mata o vizinho, a dengue mata gente da nossa família”.
O secretário de saúde, Edson Simionato, alerta que a população deve ter clareza de que as estruturas do Município podem sofrer com uma epidemia de dengue. “Penso que é necessário que a população reflita se tivermos que atender mil casos de dengue em uma semana o que pode significar para a estrutura de saúde da cidade. O que aconteceria no mini-hospital?”.
Beto Lunitti destaca que Toledo não pode viver uma epidemia de dengue e afirma que é responsabilidade dele e de seu vice, Pelanka alertar a população esta situação. “Este governo quer cuidar da vida e iniciaremos um multirão de recolhimento de materiais que possam ser depositado de larvas da dengue. Desejamos que a comunidade entre nesta guerra contra a dengue, porque ela mata. A dengue precisa ser enfrentada de uma forma intensa, respeitando as prioridades dos órgãos responsáveis”.
O prefeito pede para que a sociedade compreenda que Toledo vive um momento delicado sob o aspecto do cuidado com a dengue. “Solicito a população que se engaje nesta luta. Que ela recebe bem os agentes de endemias. Que quando os profissionais visitarem o imóvel e caso esteja fechado vão deixar um recado com bilhete de contato, que ela retorne a ligação para a equipe. A população precisa entender que não é somente a estrutura de governo que precisa estar mobilizada para combater a dengue, mas sim, todos os cidadãos”.
Infestação
Diariamente, os moradores informam o coordenador do Controle e Combate de Endemias, Genair Grunevald, sobre a infestação do mosquito em vários locais da cidade. Ele relata que nos casos suspeitos estão sendo feitos bloqueios tanto químicos como também para a destruição de focos criadouros do mosquito da dengue, e também o tratamento e coleta para levantamento de índices em um raio de 150 metros para todos os lados da residência. “Se o caso já estiver no período de transmissão estamos deixando um repelente a base de citrolena para que a pessoa evite ser picada pelo mosquito e o contamine e passe a ter novos casos a partir dali”.
Grunevald orienta que cada morador tire um dia da semana para vistoriar em seu quintal se há locais com água parada. “Um dia por semana é suficiente para reduzir o índice de infestação, porque o ciclo - nesta época - entre o nascimento da larva e o mosquito é em torno de uma semana. Se neste período os moradores fizerem uma vistoria de dez minutos no quintal e virarem todos os depósitos com água morre em poucos minutos”.
Limpeza de terrenos
O prefeito, Beto Lunitti, disse que está dialogando com o secretário do meio ambiente, Leoclides Bisognin, medidas para os terrenos baldios. “A dengue é uma responsabilidade de governo, mas também é uma questão de cidadania. Portanto, aqueles que são proprietários de terrenos e que estão abandonados por uma questão de cidadania tomem providências para a realização da limpeza”. Beto Lunitti acrescenta que caso o proprietário não tenha nenhuma atitude possivelmente o Governo fará a limpeza e se o código tributário permitir será cobrado dele. “O departamento que cuida dos casos de endemias terá um trabalho continuado e intenso, contudo, vale destacar que cada cidadão dentro de sua propriedade tem a responsabilidade de fazer o dever de casa. O papel do governo é sensibilizar as pessoas para que participem das ações, é a chamada catequese da cidadania”.
** Regional**
O chefe da 20ª Regional de Saúde de Toledo, Odacir Fiorentin, relata que promoveu diversas reuniões com secretários da saúde da regional para combater a dengue, porém nunca obteve êxito. Diante disso, a equipe de técnicos percorreu os 18 Municípios e fez um diagnóstico sobre a situação das equipes de endemias e do trabalho das secretarias. “Para a nossa surpresa encontramos inúmeras inconformidades no Município. Fizemos o encaminhamento de sugestões e nos colocamos a disposição, porém nada mudou”.
Segundo Fiorentin, os técnicos diagnosticaram que 37% dos imóveis visitados nos Municípios da regional, 37% estavam fechados. Outro fator preocupante citado por ele é que apenas 7 dos 18 municípios concluíram o sexto ciclo, conforme preconiza o Ministério da Saúde. “Não há mais tempo. Isto é de uma irresponsabilidade e inconsequência dos gestores, o qual vai gerar uma consequência para a saúde pública dos municípios. É preciso fazer um trabalho efetivo e contínuo ou teremos consequências preocupantes”.
O chefe da 20ª regional cita que em outubro, a Secretaria do Estado divulgou o nome de 25 cidades do Paraná que estavam com risco eminente de epidemia de dengue. Deste número 8 eram da abrangência da regional, o que equivale a 32%. Hoje são 80% com risco eminente. “Os novos governantes recebem os Municípios nestas situações dos anteriores. Eles terão que desenvolver ações e terão que buscar a responsabilidade de quem quer que seja”.
GERAL
Toledo não pode viver uma epidemia de dengue, declara Beto Lunitti. Mutirão de limpeza acontece a partir desta quarta-feira
Este governo está preocupado com a vida, esta é a afirmação do prefeito de Toledo, Beto Lunitti, ao anunciar estratégias emergenciais no combate à dengue. O Município corre risco de uma epidemia de dengue, pois os níveis de infestação estão acima do preconizado pelo Ministério da Saúde. Em janeiro passaram-se apenas 15 dias e o Município já registra 15 casos suspeitos de dengue neste período, sendo cinco estão localizados no bairro São Francisco, três no Jardim Panorama, três na Vila Pioneiro, um na vila Operária, um no Jardim La Salle, um no Europa e um no Jardim Pancera. Entre os dias 02 a 11 de janeiro, os agentes de endemias vistoriaram diversas residências na cidade. Das casas visitadas 12% apresentam infestação do mosquito, sendo que o Ministério da Saúde preconiza apenas 1%. Enquanto em 2012 o estado do Paraná teve uma redução 14%, Toledo aumentou em 300% o índice de infestação. No ano passado o município ficou em 3º lugar no ranking estadual de casos. Em 2012 foram registrados 148 casos. Diante destes dados alarmantes, a partir desta quarta-feira (16), o Município realiza um mutirão de limpeza na cidade, iniciando nos bairros São Francisco e Panorama, a partir das 8h. A concentração das equipes acontece na rua Carlos Sbaraini, próximo a Farmácia Vitória.
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