No encontro, os dirigentes reafirmaram a construção da greve, entregaram a pauta de negociação de 35 itens e pediram soluções para temas prementes, como o andamento do concurso público do magistério e a correção de distorções na distribuição de aulas.
No encontro, a presidenta da APP, Marlei Fernandes de Carvalho, expressou a insatisfação da categoria com a proposta de hora-atividade do governo, formulada no final do ano e considerada um completo retrocesso frente ao negociado no início de 2012. APP destacou à nova superintendente a necessidade de se superar o impasse sobre outro item central, o reconhecimento da escolaridade dos agentes educacionais I e II, que também motivou a greve dos educadores.
Professora Marlei também ressaltou a revisão da carreira dos professores, por meio da comissão constituída pela APP e Seed, na qual o Sindicato demanda o reconhecimento do mestrado e do doutorado por meio da concessão de gratificações de 15% e 20%, respectivamente. A APP ainda reiterou a necessidade de renovação da Lei do Sistema de Educação do Estado, datada de 1964.
Os dirigentes sindicais enfatizaram a necessidade de ampla discussão de currículo e reiteraram a crítica à adoção da nova matriz curricular do Ensino Fundamental, feita de forma súbita, sem discussão e num momento pouco propício, no final do ano passado, trazendo distorções à distribuição de aulas, como a perda de aulas extraordinárias e a distribuição do padrão em mais de um município. A APP demandou uma discussão consistente sobre o tema.
Outra preocupação foi com relação à organização de atividades das etapas estaduais da Conferência Nacional de Educação, ao longo de 2013. Segundo Eliane, estão o apoio da Seed está mantido.
A superintendente revelou que tem interesse em fazer a integração dos sistemas de gestão dos diversos setores da Seed, que geralmente funcionam de forma independente, dificultando a gestão. Segundo o secretário de Imprensa e Divulgação do Sindicato, Luiz Carlos Paixão da Rocha, uma integração é necessária, a fim de sanar diversos problemas na vida funcional dos servidores, sobretudo os frequentes atrasos na implantação de progressões.
Outra preocupação revelada pela nova superintendente foi discutir as diversas formas de adoção do ensino em tempo integral. Para isso, segundo Eliane Rocha, um seminário deve ser estruturado para discutir as propostas a serem adotadas. Outros projetos em estudo pela superintendente são avaliar a introdução de novos conteúdos no Profuncionário e no PDE.
Participaram pela APP-Sindicato a presidenta, Marlei Fernandes de Carvalho, e os secretários Luiz Carlos Paixão da Rocha (Imprensa e Divulgação), Mário Sérgio Ferreira de Souza (Jurídico), Walkíria Olegário Mazeto (Educacional), Edilson de Paula (Municipais) e José Valdivino de Morais (Funcionários). Pela Seed, além da superintendente Eliane Rocha, participou a assessora Edla do Rocio Nascimento Romano.
Fonte: APP - SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO PÚBLICA DO PARANÁ