Além dessas famílias, que já recebem o Bolsa Família e estão no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, o ministério também trabalha para encontrar, por meio da busca ativa, pessoas excluídas das políticas inclusivas, a fim de que deixem de ser extremamente pobres.
“Essa é a pobreza conhecida”, disse a Tereza Campello, referindo-se aos 2,5 milhões de famílias extremamente pobres que já constam o Cadastro Único. Como têm filhos com mais de 17 anos, elas não são beneficiadas pelo Brasil Carinhoso. “São aquelas pessoas que já estão no Cadastro Único e que podem ser objeto de ações do governo federal e dos municípios.”
Tereza Campello reforçou que o desafio continua sendo a identificação das famílias que vivem em situação de extrema pobreza e não têm acesso aos programas sociais. Segundo a ministra, a parceria com os municípios é essencial para localizá-las. “Um dos conceitos estratégicos do Brasil Sem Miséria é a busca ativa. Todo mundo que é extremamente pobre e não está no Cadastro Único precisa ser localizado e incluído para que tenha acesso ao conjunto de serviços que estão disponíveis.”
“Nenhuma ação na área social no Brasil consegue chegar à população sem a parceria com os municípios”, assinalou a ministra. “Tem prefeitura fazendo mutirão, que alugou ônibus, organizando gincana em escola. Existem várias formas para que possamos chegar a essas pessoas.”
Subsídios – Durante a palestra, Tereza Campello também apresentou aos gestores municipais diversas outras ações que podem ser realizadas nas cidades para a superação da extrema pobreza. Para os prefeitos e prefeitas que lotaram o Auditório Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o encontro foi uma oportunidade de aproximação com as ações do governo federal e da adoção de medidas que, muitas vezes, não são colocadas em prática, por falta de conhecimento das possibilidades que estão ao alcance deles.
Na avaliação do prefeito Vitória das Missões (RS), Cezar Coleto Carvalho, a palestra trouxe importantes subsídios, especialmente aos gestores que assumiram o mandato pela primeira vez, como ele. Coleto quer aproveitar as oportunidades indicadas pelo governo federal: “A equipe de projetos terá muito trabalho, porque assim se abrem canais de recursos para os municípios. São verbas importantes e que vão melhorar a qualidade de vida da população.” Também em primeiro mandato, a prefeita de Santa Rosa de Goiás (GO), Leila César, avalia que o principal ponto foi ter conhecimento do tratamento igualitário que o governo federal presta às gestões locais. “O que achei mais importante foi a ênfase no fato de que não importa o tamanho do município, pois todos têm o mesmo direito.”
Fonte:Ascom/MDS