Empresários são alvo do ‘golpe da lista telefônica’ em Toledo. Acit orienta que empresas evitem passar informações restritas

O assessor jurídico da Acit, Ruy Fonsatti, alerta aos empresários e seus funcionários que não repassem informações de suas empresas por telefone. Fonsatti também orienta que não sejam assinados documentos sem antes saber o seu teor. “A cada dia me deparo com situações em que algumas pessoas se envolvem e manifestam dúvidas acerca de como proceder. As situações dizem respeito às tentativas de golpes, como o da publicidade na lista telefônica ou o do falso protesto”.
Fonsatti explica que o golpe da publicidade na lista telefônica começa quando a empresa vítima recebe algum contato por parte de uma empresa editora de listas telefônicas e solicita os dados cadastrais da empresa sob a alegação de que serão necessários para publicação na tal lista telefônica, porém sempre antevendo que se trata de procedimento gratuito. A tal empresa solicita para que alguém assine confirmando os dados. Após alguns dias, a empresa vítima recebe uma fatura cobrando uma determinada importância. “O vigarista começa a pressionar a vítima, no sentido de que se a empresa não pagar eles ameaçarão com protestos e cobrança judicial”.
O assessor jurídico esclarece que no golpe do falso protesto, uma pessoa faz o contato com a empresa por telefone, email ou fax e se passa por funcionária de um Cartório de Protesto. Ele comenta que a tal funcionária informa que existem títulos protestados em cartórios e orienta que o pagamento seja realizado por meio de depósito bancário. “É importante destacar que o pagamento de títulos apontados para protesto só pode ser realizado na própria sede do Cartório de Protesto, não podendo haver depósito bancário diretamente na conta do Tabelião”.
Segundo normas da Corregedoria Geral dos Cartórios, se houver algum tipo de protesto o devedor é intimado, sempre por meio de carta registrada com aviso de recebimento (AR), por edital ou por meio de mensageiro do próprio Tabelião. Ou seja, jamais por contato telefônico, fax ou email. Fonsatti enfatiza que o protesto é realizado no Município em que aconteceu a transação e não em outra cidade. “Se alguém desconfiar que caiu em um golpe, a orientação é de que sob nenhuma hipótese seja efetuado qualquer tipo de depósito, pois na maioria dos casos, a vítima perde o dinheiro investido”.
O assessor jurídico da Acit novamente recomenda que o empresário oriente seus funcionários a jamais repassar por telefone ou email informações ou dados cadastrais da empresa, pois é esse tipo de material que servirá de base para o vigarista iniciar a tentativa de golpe. “Atuo na Acit há mais de 15 anos e acredito que pelo menos há 10 anos estes tipos de golpes acontecem em Toledo e a Acit tenta orientar os empresários sobre tal situação. Já fiz diversas denúncias as autoridades competentes para que averiguem os fatos, pois a maioria das empresas é de fachada”.