No ato, os guarani também irão prestar solidariedade aos irmãos do Mato Grosso do Sul que sofreram novos ataques no último fim de semana no município de Iguatemi. No domingo (10), por volta das 10 horas, o Tekoha Guarani-Kaiowá Pyelito Kue/Mbarakay foi atacado por pistoleiros que invadiram a aldeia. Fortemente armados, eles estavam em uma caminhonete preta com vidros escuros.
Durante a manifestação desta terça-feira, os guarani apresentarão um manifesto tirado no 9º Encontro em Memória de Sepe Tiaraju, organizado pelo Conselho Continental do Povo Guarani, que reuniu lideranças indígenas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato do Grosso do Sul, no dia 07 de fevereiro na cidade de São Gabriel (RS).
Os líderes das aldeias do Oeste do Estado estão preocupados com o clima anti-indígena protagonizado por líderes de entidades ligadas ao agronegócio. Em Guaíra, a situação é mais tensa; três acampamentos indígenas - Tekoha Porã, Tekoha Y Hovy (em Guaira) e o Tekoha Araguaju (Terra Roxa) já receberam ordem judicial de despejo.
As lideranças exigem que a presidência da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) tome medidas no sentido de coibir as violências e crie um grupo de trabalho para realizar os estudos de demarcação das terras na região e ao mesmo tempo apresente recursos para derrubar as ordens de despejo. A FUNAI chegou a iniciar um grupo de trabalho para a demarcação das terras, mas este foi paralisado e as informações levantadas pelos antropólogos não foram entregues para o órgão indigenista.
Assessoria