Plano de Arborização do Município de Toledo será encaminhado ao Poder Legislativo nesta semana

De acordo com o estudo, o Município tem aproximadamente 90 mil árvores na área urbana, sendo que 74% desta arborização está adequada, ou seja, são árvores saudáveis, não possuem doenças, rachaduras ou problemas de tombarem com o vento, enfim. Do volume total de árvores na sede, 23,18% estão em estado regular; 2,63% possuem algum tipo de doença e 0,17% estão mortas.
O Município terá que se preparar para executar o trabalho gradativamente e dentro da proposta orçamentária atual. O Plano deverá ser executado a médio e em longo prazo.
Neste ano, a equipe de gestão atual reuniu-se com o promotor de justiça, Giovani Ferri, o qual apresentou as demandas do Ministério Público. Uma delas é dar continuidade ao Plano de Arborização Urbana de Toledo.
O secretário do meio ambiente, Leoclides Bisognin, afirma que o Plano foi analisado por ele e pelo assessor legislativo do Município. “Observamos alguns equívocos e sugerimos correções a empresa responsável pelo Plano”. Bisognin exemplifica que diversos bairros foram repetidos no documento, entre outros.
Segundo o secretário, a empresa fará a correção, encaminhará para o Município, o qual vai enviar para a Câmara de Vereadores para possivelmente ser aprovada e tramitar como Lei. O documento deve chegar ao Poder Legislativo na próxima semana. “Após o Plano tornar-se Lei, o Município irá iniciar a substituição das árvores”.
Bisognin lembra que a Secretaria do Meio Ambiente estabelece critérios para a retirada de algum tipo de árvore em Toledo. “Nenhum cidadão pode erradicar ou cortar sem ter a autorização da Secretaria, porque poderá ser multado. É preciso protocolar o pedido para que o engenheiro faça a vistoria”.
O engenheiro, por sua vez, somente autoriza a retirada da árvore caso esteja próxima de esquinas, com menos de cinco metros do elemento predial, proximidade com o poste de luz (cinco metros de afastamento), placas de trânsito e árvores doentes. De acordo com a legislação, o técnico tem 15 dias (corridos) para vistoriar o local.
Outro fator destacado por Bisognin é firmar uma parceria com a Copel. “A Secretaria vai firmar uma parceria com a Copel para auxiliar na poda. Uma empresa terceirizada pela Copel corta os galhos e repassa ao viveiro para serem utilizados como adubos”.
Além que, a interferência da árvore na fiação elétrica pode trazer transtornos a população. O estudo mostrou que 62,4% não apresenta algum tipo de problema, porém 26,3% interferem de alguma forma e 11,1% são árvores jovens que irão atrapalhar a fiação quando adultas.
A Copel possui um projeto, no qual as árvores que interferirem na rede a entidade firma uma convênio com a Prefeitura, no qual paga R$ 85 por árvore substituída e fornece as mudas. Atualmente, o viveiro da Copel possui oito tipos de árvores, sendo cinco de pequeno e três de médio porte. A Copel pode substituir 10 mil árvores pode ano.

Outros dados
O estudo ainda apresentou que 92% das árvores estão localizadas em passeios com mais de 3 metros de largura e que 80% das raízes das árvores não interferem em nada, mas 10,5% quebra a calçada e 1,9% são espécies que a destroem. Com relação a interferência no trânsito, 82,6% não afeta em nada; 9,5% afeta pedestres e 4,4% veículos e 3,4% ambos.