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Nova Arca de Noé é atração no Show Rural

A Casa da Embrapa trouxe para o Show Rural a Nova Arca de Noé. Os cientistas da Embrapa investem em pesquisas para conservar a diversidade genética e garantir uma alimentação saudável para as gerações futuras. A Nova Arca de Noé é formada por animais, plantas e microorganismos.

10/02/2011 - 18:01


A responsável pela exposição da Nova Arca de Noé da Embrapa – Brasília, Maria das Dores Vale Medeiros, disse que o propósito da Embrapa em trazer a Arca de Noé para o Show Rural é conscientizar os visitantes para a importância de utilizar bem os recursos genéticos e, com isso, apresentar algumas pesquisas da Embrapa para conservar e melhorar os alimentos, para assegurar a alimentação das gerações atuais, como das futuras. “Nós estamos apresentando não só a preservação animal, mas também a preservação vegetal e de microorganismos. A preservação vegetal pode ser feita tanto in vitro como ex situ. Pode ser feita através do COLBASE (Banco Base de Germoplasma Semente). Nela, as sementes são conversadas em câmaras frias a 20º C abaixo de zero e podem ficar até 100 anos. Na in vitro são aquelas sementes que não suportam umidades e baixas temperaturas. São conversadas em tubos de ensaios, como meios de cultura ideal”.

Ela ainda acrescenta que na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia mais de 15 espécies são conservadas in vitro. No COLBASE há 600 espécies e mais de 100 mil amostras. Também há a preservação animal, são com aqueles animais domésticos que são comumente chamados de animais locais ou naturais. “Estes animais são importantes para a comunidade científica em função da resistência que eles tem de pragas. Exemplo: o pantaneiro, o jumento Nordestino que tanto é importante da conservação deste material para aquelas comunidades como para a científica”.

O objetivo da Embrapa de fazer a conservação das sementes crioulas, dos vegetais e animais, segundo Maria, é preservar os recursos genéticos.

Bioinsenticidas

Maria das Dores explica que os microorganismos são utilizados pela comunidade científica de várias formas. Uma que está sendo dada como exemplo na Arca de Nóe, o controle biológico. “A conservação das estirpes nativas de microorganismos. A Embrapa produziu vários bioinsenticidas, como o Bt-horus que combate o mosquito transmissor da dengue. Temos o Ponto Final que combatem as lagartas da soja. Tudo isso, só faz mal para a praga. Ela não faz mal para a saúde humana. Nós temos uma empresa em Brasília que está comercializando alguns produtos e, com certeza, a sociedade só tem a lucrar com estes produtos”.

Outro trabalho desenvolvido na área dos microorganismos, citado por Maria das Dores é a utilização de fungos, no caso, o cogumelo comestível. “Algo muito importante na alimentação do brasileiro, mas que muitas vezes, não é utilizada em função do preço. Diante disso, anualmente a Embrapa realiza cursos em Brasília para o produtor tanto produzir este produto em grande escala e pequenos espaços e, com isso, baratear este produto. O cogumelo comestível é tão rico em proteínas quanto a carne”.

Condições climáticas

As condições climáticas para produzir os cogumelos são favoráveis em todas as regiões do Brasil. Maria das Dores disse que deve ter um pouco de investimento, porque são produzidos em estufas climatizadas e devem manter uma temperatura e umidade ideais. “Por isso que o curso é realizado em Brasília porque possui uma estrutura, as pessoas fazem visitas a outros produtores que já foram alunos da pesquisadora para trocarem experiências”.

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