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GERAL

A PEC 37 busca punir o MP pelos seus acertos, declara Bravo

O promotor afirma que o MP pune o criminoso do ‘colarinho branco’, o influente político, econômico e social.

13/04/2013 - 14:45


Para o promotor de justiça, Gustavo Bravo, o nível de impunidade no Brasil ainda é elevado e a PEC 37 busca enfraquecer ou fragilizar o órgão que tem a função de combater o crime organizado, a corrupção, entre outros fatores.

Segundo Bravo, o Brasil busca o seu desenvolvimento e a PEC está na contramão desta evolução. “Quando finalmente - depois de anos de impunidade - o MP consegue atingir os criminosos, a PEC tenta criar obstáculos”.
O promotor lamenta que a sociedade tenha que reunir-se para debate um retrocesso sugerido pelo Congresso Nacional, ao invés de tratar de políticas públicas, as quais auxiliem no desenvolvimento do Brasil.
Bravo destaca que a principal proposta da emenda é punir o Ministério Público. “O MP pode ser punido pelos seus acertos e não porque errou durante uma investigação criminal. A PEC só existe, porque o MP está investigando e chegando aos criminosos. Estamos pagando pelas nossas virtudes, pela nossa eficiência e acertos no combate ao crime”.
Os ataques ao MP faz o promotor lembrar-se da poesia No caminho com Maiakóvski: “Na primeira noite, eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim e não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem;  pisam as flores, matam o nosso cão e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo o nosso medo arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada [...]”. Bravo afirma que o movimento contra a PEC tem o objetivo de dar vez e voz a sociedade que é a maior interessada neste tema. “A sociedade precisa dizer antes que estas alterações arranquem a voz do MP e então não poderemos dizer mais nada”.

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