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SAÚDE

No Paraná estima-se que 125 mil pessoas estão infectadas com o vírus do HIV

O Paraná possui 5 mil casos de AIDS confirmados, mas para cada caso estima-se cinco outros, que não tem conhecimento da infecção, chegando a 125 mil. Estas estatísticas juntamente com os dados de adesão ao tratamento e políticas preventivas estiveram presente no segundo dia 1º Seminário Intermunicipal de DST/HIV/Aids e Hepatites Virais em Toledo. O evento é realizado no auditório do Olinda Park Hotel e segue até esta quinta-feira (17). O seminário é promovido pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar).

16/02/2011 - 17:51


Na palestra ‘Tendências Epidemiológicas do HIV/Aids’, o técnico do Programa Estadual de DST/HIV/Aids, Francisco Carlos dos Santos, apresentou um histórico da Aids e os grupos atingidos naquela época e atualmente. Santos explicou que os grupos sociais mais atingidos, ainda, são iguais aos do início da epidemia: homens que mantém relações com outros homens; profissionais do sexo e usuários de drogas.
O técnico disse que o Paraná possui 25 mil casos de pessoas com a Aids, deste número seria possível fazer um cálculo: a cada doente existiriam cinco pessoas infectadas com o vírus HIV. “Estamos com aproximadamente 70 mil pessoas vivendo com HIV e muitas não sabem que são portadoras por não terem feito o teste”. Ele acrescenta a Secretaria está organizando campanhas no intuito de fazer um diagnóstico precoce, por meio do teste rápido, no qual o resultado é divulgado entre 15 a 45 minutos.

 
O caminho é a prevenção, disse Regina
A palestrante Regina Coele Torres tratou o tema ‘Prevenção das DST/HIV e Hepatites Virais na Adolescência’. Ela explicou que a Aids provocada pelo vírus HIV é uma doença que não tem cura, e, consequentemente, o foco deve ser a prevenção. “A faixa etária do adolescente é a mais envolvida na aquisição do vírus HIV e das DST´s. O número de novos casos é alarmante e devemos conscientizar as crianças e os adolescentes destas possibilidades de contaminação. Quanto mais cedo, o jovem inicia a vida sexual, maior é a possibilidade de contaminação. O interessante é postergar o início da vida sexual e usar as medidas adequadas de prevenção”.
Políticas Públicas
Regina disse que o Estado oferece o acompanhamento aos pacientes, no entanto, a prevenção é a medida mais eficaz. Ela acrescentou equipes podem ser treinadas para repassar informações a estudantes da rede de ensino fundamental e médio. “Há uma liberação sexual muito grande. O jovem diz que pode fazer tudo o que quer, porém ele deveria pensar, mas nem tudo me convém. Quando ele diz posso fazer tudo que quero, ele deveria pensar, mas não vou deixar que nada me escravize”.
Sociedade
Regina lembra que a sociedade tem o papel de esclarecer desde a infância sobre a possibilidade das DST´s e impor limites. “Os pais tem medo de colocarem limites à criança. Quando ela chega a adolescência, faz tudo sem limites. O limite é uma proteção. Li a frase no mural da aluna Silva dos Santos, da 6ª série: ‘O HIV não escolhe pessoas, mas você tem uma escolha: Proteja-se. Não deixe que a sua felicidade murche por um simples descuido’. Achei isto fantástico, que as crianças e os adolescentes pensem e repensem sobre o tema isso e chegam a brilhantes conclusões. Isto dá para ensinar muito adulto”.
Ciência
A palestrante comentou que novas técnicas de tratamento e remédios estão disponíveis, entretanto surgem novas mutações do vírus. “O tratamento existe, mas não a cura. O caminho é a prevenção”.

 
Adesão do tratamento
A médica infectologisa do CEDIP – Cascavel, Helenara Osório Cavalli, falou sobre a adesão ao tratamento. Ela destacou a importância de explicar ao novo paciente que em um determinado será preciso iniciar a terapia com os antiretrovirais, o coquetel. “A pessoa deve aceitar o diagnóstico e, então aceitar a mudança de vida. A adesão não é só tomar o remédio, mas sim, manter uma vida regrada. Isto é importante no início de abordagem do paciente, que ele fique bem consciente. Uma adesão ideal é quando o paciente toma 95% acima das doses recomendadas. No entanto, com o passar do tempo, observou-se que a aderência diminui, porque é uma série de remédios com horários, alguns causam efeitos colaterais, os pacientes negam a doença, entre outros fatores”.
Recomendação
Helenara recomenda que o paciente não se esqueça de tomar as doses e, principalmente, que lembre que a adesão boa significa uma boa qualidade de vida e a adesão ruim seria apenas uma sobrevida.
Crianças
Com o advento da terapia, segundo a palestrante, a criança pode chegar na idade adulta, ter filhos, chegar na idade avança e ir a óbito por outra enfermidade.

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