De acordo com as análises, nenhuma das dez amostras processadas pelo Laboratório Central do Estado apresentou indício de fraude. Foram avaliadas dez amostras de quatro marcas sob suspeita de adulteração: Líder, Mu-mu, Cativa e Polly. Os laudos já foram encaminhados ao Ministério Público, que está acompanhando os casos de fraude.
Todos os produtos avaliados foram coletados em mercados de Curitiba, Colombo e Londrina. Vigilâncias sanitárias de outros municípios também estão orientadas a coletar amostras, principalmente de lotes produzidos em fevereiro e março.
Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, as fiscalizações foram intensificadas depois que produtos irregulares vindos do Rio Grande do Sul estavam sendo vendidos no Paraná. “Por enquanto, não há a comprovação de adulteração nos leites produzidos em nosso Estado”, destacou o superintendente.
Nesta semana, além das amostras já recebidas, o Lacen-PR avaliará produtos de fornecedores do programa “Leite das Crianças”. A fiscalização de fraude envolve tanto o leite tipo longa vida, quanto o pasteurizado.
MONITORAMENTO - De acordo com a diretora do Lacen-PR, Célia Fagundes, a adição de formol é apenas uma das fraudes utilizadas para aumentar o volume do leite. “Já estamos adquirindo uma série de reagentes que vão possibilitar identificar adulterações com o uso de uréia, amido, cloreto de sódio e água oxigenada”.
A maioria das substâncias utilizadas nas fraudes é adicionada em pequenas quantidades e por isso, talvez não causem complicações imediatas. Contudo, se o produto irregular for consumido em grande quantidade ou por um longo período de tempo, a intoxicação por formol, por exemplo, pode causar até o câncer.
DENÚNCIAS – Caso alguém tenha informações sobre casos suspeitos de fraude no leite, o governo disponibiliza a Ouvidoria Estadual do SUS para denúncias. As manifestações podem ser feitas através do site www.saude.pr.gov.br (banner Ouvidoria) ou pelo telefone 0800-644-4414.
Da AE Notícias