A Secretária municipal de Saúde, Denise Liel se pronunciou sobre a denúncia feita na última sessão da Câmara de vereadores de que as unidades de saúde de Toledo não têm licença sanitária. A secretária confirmou a informação, mas disse que não é uma situação isolada de Toledo, outros municípios, como Cascavel, também não possuem. Denise explica que a municipalização da vigilância sanitária é recente e foi necessário capacitar a equipe para realizar as avaliações. No ano passado foi realizado um diagnóstico por amostragem e foi percebido que há uma discrepância no que foi verificado e o que se preconiza, mas de acordo com a Secretária, é preciso levar em consideração que há estruturas com mais de 20 anos.
Denise defende os avanços obtidos como o próprio processo de autorização de funcionamento das unidades básicas de saúde, que segundo ela, antes não ocorriam. “Este é um fator que influência na situação que se apresenta hoje. A partir do momento que se municipalizou a vigilância sanitária, a nossa equipe passou a ser capacitada pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria da Saúde e no final do ano passado foi encaminhado um roteiro de auto-inspeção para as unidades de saúde, para que elas se aproximassem do roteiro e aprendessem como é esse roteiro e avaliassem a sua própria unidade de saúde”.
A secretária relata que logo após a auto-inspeção, foi feito uma vistoria e algumas recomendações e em cima destes diagnósticos que a Secretaria está trabalhando. “De fato as nossas unidades não tem a licença sanitária, mas não é uma realidade somente de Toledo. No município de Cascavel nenhuma unidade de Saúde tem licença sanitária, então está realidade é a que estamos vivendo hoje. Mas isto vai mudar, já está mudando. Todas as unidades de saúde estão passando por este processo, seja Toledo, Cascavel ou outras cidades”.
O diagnóstico realizado, no ano passado, segundo a Denise apresentou uma discrepância daquilo que é preconizado, mas é preciso considerar que há estruturas com mais de 20 anos. “Temos estruturas do início da década de 1990 e precisavam de uma readequação física, inclusive para poder ter uma licença sanitária. Estamos fazendo estas reformas com recursos municipais, visto que não há programas do Ministério ou da Secretaria de estado da Saúde que atenda esta situação. Outras questões tem a ver com a rotina de trabalho, com a normatização de serviços e procedimentos. Ou seja, tem coisas que são do processo de atendimento das unidades de saúde e tem outras que são estruturais do prédio”.
Denise disse que, no final do ano passado, foi realizado um encontro com representantes das Unidades de Saúde para que fizessem uma avaliação dos procedimentos operacionais de cada unidade. “Foi esquematizado o roteiro de trabalho que o servidor precisa desempenhar. É uma coisa que vai evoluindo no processo”.
A secretária falou ainda do Projeto Piloto que será realizado na unidade de saúde do Panorama; das reformas pontuais realizadas e explicou o porquê não investiram em algumas estruturas; dos prédios em reforma e dos projetos que aguardam autorização para construção; capacitação dos profissionais das unidades de saúde; e contratação de pessoal para vigilância sanitária. Tudo isso você acompanha na entrevista, em vídeo, aqui na Casa de Notícias.
Por Selma Becker
