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EDUCAÇÃO

Impasse no processo de seleção coloca em risco 140 bolsas universitárias

Em visita à Casa de Notícias, o vereador Leoclides Bisognin conversou com a reportagem sobre o impasse no processo de seleção de bolsistas universitários, que normalmente era realizado pela prefeitura de Toledo, que pode deixar 140 estudantes sem meia bolsa.  Segundo o vereador uma Lei aprovada no ano passado transferiu a responsabilidade da seleção para o Conselho de Assistência Social.

23/02/2011 - 16:17


Na última segunda-feira (21), Bisognin fez um requerimento solicitando informações das Bolsas da Unipar. Ele explicou que desde 1994 - após a vinda da Unipar para Toledo – a instituição oferece bolsas a estudantes carentes. Desde a sua fundação são oferecidas cinco meias bolsas por cursos implantados por ano. Segundo Bisognin até o ano passado está situação ocorria normalmente. No entanto, no ano passado, a Promotoria Pública questionou a seleção das pessoas. No entendimento dele, a seleção deve ser realizada pela equipe da Secretaria e Conselho da Assistência Social, antes a equipe responsável era da Educação. “Depois desta informação iniciou-se uma celeuma e a própria Prefeitura de Toledo que tinha bolsas universitárias na Fasul decidiu cancelá-las. No entanto, as bolsas da Unipar são oferecidas pela instituição e ela sempre cumpriu com os seus compromissos assumidos em Toledo”.

A principal preocupação comentada pelo vereador é que ainda não foi definida a forma de seleção para este ano. Bisognin disse que as fichas de inscrições deveriam estar sendo distribuídas, pois os estudantes normalmente começavam a receber em meados de abril. Contudo, como nada foi definido e no site oficial do município de Toledo a seguinte informação: Quem quiser inscrever-se para as bolsas da Unipar procure informações na instituição. “Os estudantes estão perdidos. Eles não sabem quem fará a seleção: a Secretaria e o Conselho de Assistência Social ou a Unipar. Quem sabe a instituição faça um Conselho para analisar as inscrições. Estou preocupado e pretendo conversar com o diretor da instituição que acredito que tem interesse de continuar com as bolsas. Por que não ficar usufruindo de 140 meia bolsas que totalizam R$ 42.900 mil que os nossos estudantes carentes de Toledo não estão pagando? Se estas bolsas forem canceladas, tenho a certeza muitos destes 140 não vão conseguir concluir os seus cursos e daqueles que a Unipar já formou acredito que centenas se formaram por causa das bolsas”, desabafa o vereador.

Responsabilidade

No ano passado, a Câmara de Vereadores de Toledo votou uma Lei que mudava a responsabilidade das inscrições do Conselho Municipal de Educação para o de Assistência Social, pois isto seria de competência do Município. Porém, está no site de Toledo que as informações devem ser obtidas na Unipar. “Aguardo a resposta deste requerimento para saber quem afinal fará a seleção e se terá alguma informação que os estudantes que possuem as bolsas vão continuar com elas até concluírem os cursos e se os novos não terão bolsa. Tenho visto e entendido do diretor daqui que ele quer continuar com as bolsas até no mínimo o final do curso de quem já é bolsista”. Muitos estudantes efetuaram o pagamento dos meses de janeiro, fevereiro e até março contando que até abril devem receber a meia bolsa. Mas, na opinião do vereador, apesar de alguns acadêmicos terem pago os primeiros meses de mensalidade, há ainda um sério risco de terem que sair da universidade, caso percam a bolsa. E acrescenta ainda, dizendo que o município de Toledo não pode retirar este conselho, ao contrário, deveria pedir para o Conselho de Assistência Social se reunir e fazer esta seleção. Algo que não seria difícil de executar, segundo Bisognin, lembrando o fato de Toledo estar ofertando, apenas, bolsas para estudantes do próprio município. O vereador questiona ainda, o porquê em não se fazer um esforço para haver esta seleção, oferecendo assim condições para 140 estudantes que precisam desta meia bolsa.

O prazo legal para a Prefeitura responder o requerimento é no máximo 30 dias. No entanto, o vereador acredita que isto pode acontecer até 15 dias.

 

 

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