A melhoria do fluxo de encaminhamentos de pacientes de Núcleo Integrado de Saúde (NIS) Doutor Jorge Nunes, o Mini Hospital, ao Hospital Bom Jesus foi o ponto central de um encontro entre o prefeito de Toledo Beto Lunitti, a superintende do Hospital Bom Jesus Michele Okano Anzanello, o secretário de Saúde de Toledo Edson Simionato, o vereador Ademar Dorfschmidt e o deputado estadual Elton Welter.
Durante o evento, a representante do Bom Jesus explanou ao prefeito toledano e ao secretário da Saúde as dificuldades enfrentadas pela grande quantidade de pacientes encaminhados pelo NIS ao hospital. “Estamos com uma demanda muito grande de atendimentos oriundos de Toledo e das cidades da região atendidas por nós e, infelizmente, isto pode comprometer alguns serviços”. Michele ainda citou que há uma dificuldade de tratativas entre os médicos plantonistas das duas unidades de saúde e que isso precisa ser sanado.
Uma das soluções propostas por Michele Okano é a instituição de um diretor clínico no Mini Hospital. O secretário Edson Simionato informou que já foram contatados alguns profissionais da área médica, mas não houve predisposição de nenhum deles para exercer a função. “Continuamos insistindo nesta função referencial, pois entendemos que este contato deveria acontecer entre os profissionais das instituições. Hoje ele acontece, mas é intermediado por enfermeiros ou pela diretora do NIS, Noeli Borges de Carvalho, o que burocratiza o trabalho”, comentou.
Outra tratativa importante foi a implantação do Protocolo de Manchester, que consiste numa ferramenta de triagem ou classificação de risco empregada nos serviços de urgência em várias partes de mundo para efetuar a construção dos fluxos de pacientes nas unidades de saúde. No município de Toledo, por meio do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), já existem alguns estudos junto ao Ministério da Saúde. No Hospital Bom Jesus também será iniciado este processo.
O prefeito toledano reconheceu o esforço da casa hospitalar em melhorar os trabalhos e aprimorar o contato entre a instituições e as medidas necessárias serão tomadas para que isso aconteça. “Vamos insistir nesta proposta de otimizar a interação entre profissionais”. Além disso, Beto Lunitti citou que as tratativas com os diversos setores da saúde devem ocorrer para que sejam ampliadas as ofertas de atendimento. “Não podemos nos furtar de envolver todas as esferas para que sejam rompidas as barreiras que impedem que nossa população receba um tratamento de qualidade”, frisou.
Falta de profissionais
Durante a conversa, o prefeito Beto Lunitti questionou a superintende do Hospital Bom Jesus, Michele Okano Anzanello, sobre a possibilidade de implantação de mais leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Beto foi informado pela representante da Casa de Saúde que o principal problema neste caso é a ausência de profissionais na região. “Poderíamos ampliar o atendimento deste setor, mas esbarramos na escassez de profissionais para as equipes de trabalho. Não falta apenas o médico intensivista, mas também outros componentes como os profissionais de enfermagem”, comentou Michele.
Beto entendeu que é necessário encontrar soluções também para este problema. “Precisamos resolver estas demandas instaladas. Por isso este encontro entre o prestador de serviços, o gestor público municipal e representantes legislativos das esferas municipal e estadual. Vamos nos unir para que a população não sofra as mazelas que o Brasil todo enfrenta no que tange a saúde pública. Para isso vamos envolver que mais for necessário”, finalizou o prefeito.
Da Assessoria - Toledo
