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EDUCAÇÃO

Unipar deve definir em março se ofertará bolsa para alunos que ingressaram neste ano

O impasse na seleção de bolsas universitárias concedidas pela Unipar e selecionadas, até então, pelo Município de Toledo começa a ter uma definição. Segundo o diretor geral da Universidade, Leonildo Bagio, os alunos que já são beneficiários mantêm-se as bolsas. Para quem ingressou em 2011 precisa aguardar.

25/02/2011 - 22:48


Bagio lembra que a Unipar foi a primeira universidade particular a ser implantada na região Oeste do Paraná, em 1993. Na época a Prefeitura Municipal de Toledo doou terrenos para a Instituição, em troca, a Universidade deveria oferecer bolsas de estudos. “A permuta seguiu até o ano de 1998. Neste ano, com a expansão da Universidade houve um acréscimo ao patrimônio com a doação de outra área, em contrapartida a Unipar ofeceu as bolsas até 2002. O convênio previa a ofertar de cinco bolsas de estudos por série e por ano, nos cursos de ciências contábeis, pedagogia e direito”.

O diretor lembra que apesar da não mais estar obrigada a ofertar as bolsas, a Instituição criou uma política institucional  e manteve as bolsas de estudo até o ano passado. “Em 2010 – quase nove anos depois – houve uma legislação dizendo que o Município de Toledo não mais distribuiria as bolsas. Neste ano (2011), a Universidade solicitou a desoneração destas bolsas para a Prefeitura, porque então, já que ela não selecionaria, era a Universidade que deveria distribui-las, segundo os critérios da Unipar. Todo aquele trabalho que era feito pelo Município voltou para a Universidade. Diante desta problemática, a Universidade decidiu manter todas as bolsas dos alunos dos cursos de pedagogia, ciências contábeis e direito, que já possuem até a conclusão do curso”.

Bagio reforça que a Unipar vai observar os critérios de admissão. “A partir deste ano vamos apenas controlar aqueles que tiverem dependência ou reprovarem, porque estes perdem a bolsa e, é transferida para outro. Aos ingressantes não temos ainda uma fórmula estabelecida, porque não temos uma estrutura interna para conhecer o povo de Toledo, além de que temos estudantes de diversos Municípios da região Oeste. É preciso definir critérios, se vamos continuar distribuindo as bolsas somente para o povo de Toledo, que nos acolheu em 1993 ou se estenderemos a bolsa para todos. Iremos nos reunir no mês de março e vamos definir o que faremos com as bolsas”.

Os alunos que ingressaram neste ano, estão na expectativa enquanto seu futuro acadêmico. O estudante do primeiro ano de direito, Vagner Miranda Correa conta que usou suas economias para pagar o curso, até o momento. “Eu tenho o dinheiro para pagar até o mês de março. Conversei com o Schiavinato e com o Bagio, no entanto, não tive a resposta se terá ou não a bolsa. Se não houver bolsa terei que deixar o curso, pois não vou ter recursos para continuar pagando, porque já desfiz das minhas economias e como tenho deficiência visual, no mercado de trabalho é difícil de arrumar algum emprego. Até fui à Sadia, a qual me ofereceu uma vaga de trabalho, mas com o salário que vou ganhar, não vou conseguir pagar, porque a mensalidade do curso é muito cara e sem uma ajuda não será possível”.

Ele acrescenta que talvez tenha mais colegas nesta mesma situação e, por enquanto, todos estão desanimados. “Quando fiz o vestibular pensava nesta bolsa, porque eu sabia que até no ano passado tinham as bolsas, ou eram oferecidas as bolsas inteira ou meia. Até uma meia bolsa me ajudava, mas justamente no ano em que entrei, acabou, não tem mais”, lamentou o estudante.

O vereador Leoclides Bisognin, que solicitou informações ao Executivo, sobre o processo de seleção, que até então era feito pelo município, confirmou que a Unipar pediu desoneração das bolsas e que a Legislação aprovada no ano passado, de extinção da bolsa universidade, se refere unicamente a outra Instituição que tinha uma política de incentivo fiscal e a Lei que vigora é a de que a bolsas da Unipar devem ser selecionadas pelo Conselho de Assistência Social.

Bisognin disse que conversou com o diretor da Unipar e acredita que a Instituição, embora esteja desobrigada de oferecer as bolsas com o pedido de desoneração, ainda há possibilidade de se manter as meia bolsas. “Eu senti do Bagio que poderá continuar com as meia bolsas, já que a Unipar sabe da necessidade de muitos estudantes que hoje pagaram a matrícula e vão pagar janeiro, fevereiro e março e que se desfizeram e algum bem ou arrumaram um dinheiro emprestado e que a partir de abril se não for dada a meia bolsa, muitos vão parar de estudar”.

O diretor geral da Unipar, Leonildo Bagio reafirmou a presença da Universidade junto a comunidade através dos programas de extensão.

Curso de fisioterapia – realiza cerca de 1700 atendimentos/mês;

Curso nutrição – atendimento a 300 pessoas mês;

Curso de direito – 350 atendimentos mês – 1 mil processos ano;

Clínica estética – em 2010 atendeu 4 mil pessoas (cobrança de valores simbólicos);

Convênio prefeitura – farmácia escola – A Instituição mantém responsável técnico, e também estagiários (ajudam atender cera de 500 pessoas/dia)

Analises Clínicas – parceria responsável técnico da prefeitura e da Unipar – realizam de 8 a 10 mil exames/mês;

Curso de Educação Física – Projeto AMA atende mais de 100 portadores de necessidade especial;

Convênio com Prefeitura, Caixa, Unipar, Confederação Brasileira de Ginástica artística e SESI , atende 150 crianças/dia no projeto revelar novos talentos;

Bagio diz acreditar que estes e outros projetos de extensão desenvolvidos são obrigação da Universidade. “É uma obrigação institucional levar para fora dos muros da universidade o conhecimento aqui produzido”.

 

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