“Mas vamos estar no local, com os dois balões fixos, e as pessoas terão a oportunidade de ver de perto um balão a gás e o seu funcionamento, o que é muito bonito”, diz. “Queremos encantar Toledo e ver a possibilidade de retornar outras vezes, até com mais balões”, acrescenta. Dependendo do interesse do município e de parcerias com o poder público e a iniciativa privada, a Federação Paranaense poderá realizar no município competições de maior porte, reunindo cerca de 10 a 15 balões, durante dois a três dias, proporcionando ao público um belíssimo espetáculo. Nas competições, os participantes participam de diversas provas, incluindo sobrevôos.
O presidente da entidade destaca que trazer um evento como este ao município é plenamente possível. Para isso é necessário uma parceria entre o poder público e a iniciativa privada, auxiliando em parte das despesas para a realização do evento. Ele destaca que para a população o evento proporciona um belíssimo espetáculo e para a cidade também atrai uma mídia espontânea muito grande, divulgando a cidade.
História
No país, a primeira demonstração de balonismo foi feita pelo brasileiro padre Bartholomeu de Gusmão. Em 1709, aos 23 anos, ele mostrou ao Rei João V de Portugal um balão que subiu cerca de 4 metros, mas se incendiou. O verdadeiro nascimento da atividade foi com os irmãos franceses, Joseph e Etienne Montgolfier. Em um balão eles subiram cerca de 2 mil metros de altura. Alguns brasileiros se sobressaíram no desenvolvimento do balonismo, como Júlio César Ribeiro de Souza, em 1881, com o "Victória", Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, em 1893, com o "Bartholomeu de Gusmão" e, finalmente, Alberto Santos Dumont, com sua série de dirigíveis.
No começo, os balões prestavam bons serviços à espionagem nas guerras. Napoleão Bonaparte usava-os para observar as movimentações na retaguarda do inimigo e estudar o terreno da batalha. Chegou a criar o primeiro Corpo Militar de Balões. Durante a Guerra Civil Americana, foram utilizados balões ancorados, como postos de observação. Também, na Guerra do Paraguai, o Brasil aproveitou os balões para observação militar.
Os balões foram o berço de outras atividades: o fotógrafo Félix Nadar, em 1858, tirou a primeira fotografia aérea da cidade de Paris, onde tudo havia começado. O primeiro campeonato de balonismo ocorreu em 1963 e o primeiro campeonato mundial em 1973. A partir daí, o crescimento do balonismo foi grande.
O Brasil, que foi pioneiro com Bartholomeu de Gusmão, teve seu renascimento com Victorio Truffi, que construiu um balão e voou em Araraquara, São Paulo, em 1970. Este foi o primeiro vôo da América do Sul de um balão de ar quente moderno.
O Primeiro Encontro Brasileiro de Balonismo aconteceu em 1986, em Casa Branca, São Paulo. Com ele, iniciou a organização da atividade no país, que levou à criação da Associação Brasileira de Balonismo, no mesmo ano.
Da Assessoria