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POLÍTICA

Dívida do Banestado e a sonegação fiscal podem comprometer investimentos do Paraná, diz Caíto

A dívida do Paraná com o Banco Itaú, herdada na privatização do Banestado (Banco do Estado do Paraná) e a sonegação fiscal, especialmente com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), podem congelar investimentos do Governo no Estado. O alerta é do líder do PMDB, deputado Caíto Quintana, durante audiência de prestação de contas do secretário estadual da Fazenda Luiz Carlos Hauly, nesta segunda-feira (28), na Assembleia Legislativa.

01/03/2011 - 11:55


“Acredito e vejo as colocações de vossa excelência com respeito ao orçamento, ao crescimento das sugestões de deputados e preocupa-me com sinceridade o amanhã do Paraná”, disse Caíto Quintana. Segundo o deputado, a sistemática adotada vai fazer com que haja um distanciamento cada vez maior da capacidade de arrecadação, com a manutenção de despesas e de pessoal, “não falo nem de investimento”, destacou.
A preocupação do líder do PMDB é com relação as leis aprovadas na Assembleia que poderão provocar problemas ao Governo do Estado, caso não haja um aumento na captação de mais recursos. “A implantação delas (programas e investimentos) vai fazer estourar o índice de Responsabilidade Fiscal se não houver aumento de receita”, informou.

ENERGIA E PRÉ-SAL – Caíto disse estar preocupado com o momento em que passa a economia do Estado, principalmente porque o Paraná precisa se preocupar com as discussões de temas importantes, como a questão da energia elétrica e da exploração do pré-sal na faixa litorânea. “O Paraná tem o pré-sal, que nem sequer começou, mas que temos uma briga de marca territorial com São Paulo e Santa Catarina que até agora ninguém mexeu”, alertou.
Segundo o deputado, este tema será uma realidade que em breve vai mexer com todo o estado o país. Outro item levantado pelo líder do PMDB é com relação ao processo de industrialização. “Isto precisa ser incrementado, principalmente nos produtos primários que o Paraná produz, para que a gente possa agregar receita dentro do nosso Estado”.

BANESTADO – Em relação ao débito com o Banco Itaú, Caíto lembrou que o tema foi levantado pelo líder da Oposição, Ênio Verri (PT). “Esse débito com o Itaú está arrebentando o Estado do Paraná, porque o que nós resolvemos até agora é a questão da multa, mas continuamos pagando todos os meses aquilo que poderia ser revertido em investimentos no nosso Estado”.
O débito em questão, aproximadamente R$ 60 milhões ao mês, é referente a venda do Banestado no ano 2000, quando o Estado assumiu uma dívida que vai durar até 2030 para ser quitada. “Se não mexermos nessas situações, não acredito que consigamos, inclusive por em prática o que se aprovou aqui na Assembleia, os investimentos que o Paraná precisa”.

ICMS DE MEDICAMENTOS – Outro item levantado pelo líder do PMDB, é referente a informação do secretário Hauly, sobre uma mensagem que será enviada para a Assembleia, para o estado reduzir o ICMS de medicamentos.
“Infelizmente acho que a nossa fiscalização está falhando ou está no mínimo conivente. A nossa arrecadação momentânea passa diretamente por um rigor maior na fiscalização do ICMS, que é o imposto estadual”. Caíto encerrou o pronunciamento informando que a bancada do PMDB, a maior da Casa com 13 deputados, vai se somar aos deputados de situação para aprovar projetos e leis que ajudem o Estado nas soluções dos problemas que possam surgir.

Da Assessoria

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