Buscando desenvolve uma ação sob o aspecto da cidadania, aprendizagem e comunicação, a jornalista Rosselane Giordani idealizou e implantou o projeto piloto em Educomunicação – “Comunicação para a cidadania”. Inicialmente, duas oficinas são oferecidas no projeto: Lata Mágica (foto na lata ou pinhole) e oficina de Fanzine (jornais artesanais).
A coordenadora do projeto Rosselane destaca que a educomunicação é responsável por abrir brechas para os dizeres e os olhares que não tem espaço nas mídias convencionais e oficiais. “A ideia é mostrar que espaços alternativos de comunicação comunitária podem ser criados para a manifestação das vozes dos jovens, crianças, enfim da comunidade”.
Ela salienta que a oficina de fanzines desperta nos participantes o interesse de confeccionar jornais artesanais. A atividade foto na lata tem como finalidade trabalhar a noção de olhares sobre o mundo, a comunidade e as pessoas. “Durante as atividades conversamos sobre as diversas formas de nos comunicarmos e incentivamos os jovens a refletirem como eles observam as ações ao seu redor e, principalmente, como eles as expressam”.
Rosselane enfatiza que são com as expressões dos jovens que são elaborados os textos e as imagens. “Cada criança ou adolescente é responsável por produzir o seu texto, por relatar a sua história”.
A coordenadora do projeto lembra que nas oficinas de fotografia, os participantes tem a oportunidade de se verem e observarem os agentes que participam das oficinas. “As crianças e os adolescentes fotografaram e produziram um varal com seus materiais. Desta forma, os participantes mostraram que aquele espaço pertencia a eles”.
A jornalista pondera que o principal propósito do educomunicação é incentiva as crianças a identificarem estratégias de comunicação para conta o seu próprio universo e, principalmente, transformá-lo. “Muitas crianças contaram-me que tinham como sonhos serem traficantes ou terem uma arma na cinta. Sabe o porquê destes sonhos? Porque elas entendem que desta maneira vão impor respeito e ser líder no espaço”.
Para Rosselane sonho é algo além de impor respeito ou ser um líder. Ela enfatiza que o Poder Público está em um processo de sensibilização de que é possível ter novos sonhos, mas principalmente, vislumbrar um novo futuro. “As crianças estão se apropriando do CEU. A comunidade passou a ter o sentimento de pertencimento. O sentimento de que: ‘O CEU é nosso’. Nossa Praça, Nosso CEU é o espaço de lazer, cultura e cidadania”.