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GERAL

Exposição da Mulher Pioneira resgata a sua história

Apresentar à população o trabalho da mulher e a sua contribuição para a história de Toledo, este é o objetivo da 1ª Exposição da Mulher Pioneira Toledana, no Museu Histórico Willy Barth. A abertura aconteceu na tarde desta terça-feira (1º) e, durante o dia, várias turmas de escolas e convidados visitaram a exposição. Ela está aberta de segunda a sexta-feira das 8h às 11h45 e à tarde, das 13h30 às 17h30.

01/03/2011 - 17:52


A exposição retrata os vestuários, uma cozinha da época, louças de jantares, entre outros materiais. O objeto que está chamando a atenção do público é uma madeira utilizada pelas mulheres para lavarem as roupas da família. A coordenadora do museu, Lourdes Barbieri, lembrou que as mulheres pegavam as trouxas de roupas e iam até a sanga, porque não havia tanques ou poços de água próximos a residência. "Como tinha poeira e mosquito, as mulheres contam que era um sofrimento. Algum tempo depois, a empresa Maripá construiu 14 tanques em fileiras para facilitar o trabalho. Atualmente, as roupas são lavadas em máquinas. As pessoas da época se identificam com os materiais e as novas gerações conhecem como era o trabalho delas".
Mudanças
Lourdes ainda comenta que as mulheres evoluíram, prova disto são algumas falas explicando a situação nos primeiros anos em Toledo. "Naquela época a mulher não tinha voz, deveria ser obediente ao esposo, não tinha diversões, só era muito trabalho. Atualmente, esta situação tem mudado muito".
Para a presidente do Conselho da Mulher, Simone Ferrari, a exposição resgata a história da mulher pioneira que partiu da necessidade de contemplar em Toledo um projeto que fosse consolidado. "Era preciso algo que buscasse objetos para mostrar a história da mulher e, principalmente, compreender os seus imites e as suas dificuldades. A exposição é um resgate, um momento único, em que percebemos o quanto foram batalhadoras, o quanto que tiveram que desbravar, desde o espaço hostil e rústico - a terra, a água, sem energia - até a própria força da mulher e a perseverança, em poder passar por estes momentos e vivenciar todas as tecnologias. É um mundo imaginário e uma viagem fantástica que é muito significativo, é a presença da história viva. As mulheres que fizeram a história de Toledo, elas estão vivas, elas estão compartilhando conosco da exposição, contando a história em vida".
Lembranças
A filha de pioneiros, Ana Beatriz Barthi Costa Muller nasceu em Antônio Prado (RS) e no dia 15 de agosto de 1950 chegava em Toledo. Na época, ela tinha apenas cinco anos de idade. Ana relata que os objetos da exposição são motivo para voltar ao tempo. "Eu vivi tudo que está aqui. Trouxe alguns objetos que a minha mãe ganhou no casamento dela. São lembranças que me fazem voltar ao tempo. É muito emocionante e acho interessante resgatar a memória para as gerações atuais, porque há jovens que nunca viram objetos antigos".

 

 

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