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AMBIENTE

Faltam aterros sanitários em 60% dos municípios do Oeste

Os números mostram que 60% dos municípios do Oeste do PR têm que corrigir o depósito e o tratamento do lixo até agosto do próximo ano, prazo estipulado por lei federal.

13/08/2013 - 22:29


A maioria dos municípios da região Oeste do Estado usam lixões a céu aberto ou aterros controlados - uma categoria intermediária entre o lixão e o aterro sanitário, sem base impermeabilizada, nem sistema de tratamento do chorume ou do biogás. 

Os números mostram que 60% dos municípios do Oeste do Paraná têm que corrigir o depósito e o tratamento do lixo até agosto do próximo ano, prazo estipulado por lei federal. Eles têm duas opções: construir o seu próprio aterro sanitário ou trabalhar de forma consorciada com um município próximo que tenha aterro. 
O cenário verificado na região Oeste acompanha o do Estado: dos 399 municípios do Paraná, 214 ainda destinam inadequadamente os resíduos gerados. “Uma das prioridades da Secretaria do Meio Ambiente é justamente auxiliar os municípios paranaenses no gerenciamento do lixo”, enfatiza o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, Luiz Eduardo Cheida.
Discussões
O presidente do Instituto das Águas do Paraná, autarquia da Secretaria do Meio Ambiente, Márcio Nunes, afirma que a união dos municípios na formação dos consórcios para gerenciar os aterros sanitários é imprescindível. “Também é preciso lembrar da responsabilidade de cada um. Atitudes simples como o consumo consciente e a separação correta do lixo, por exemplo, fazem grande diferença, pois melhoram a coleta, diminuem a quantidade de lixo e geraram renda com os materiais recicláveis”. 
A escolha dos resíduos sólidos como tema central das conferências deste ano é diretriz do Ministério do Meio Ambiente. O principal objetivo é garantir a implementação da Lei 12.305/2010, que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos. São quatro eixos principais de discussão: produção e consumo sustentáveis, redução dos impactos ambientais, criação de emprego e renda e educação ambiental. 

**Exemplo**
Foz do Iguaçu está entre as 14 cidades que têm aterro sanitário. Lá são depositadas cerca de 230 toneladas de lixo residencial e comercial por dia. Além disso, Foz possui um plano de saneamento e um plano municipal de resíduos. 
“Somos a segunda cidade mais populosa da região e uma das maiores do Paraná. É nosso dever dar o exemplo. Já para as cidades pequenas, com menos de 50 mil habitantes, o desafio é muito maior, pois faltam recursos e subsídios técnicos. Por isso, apoiamos a formação de consórcios intermunicipais na nossa região para dar apoio aos municípios menores”, destaca o secretário de Meio Ambiente de Foz do Iguaçu, Ivo Borghetti. 
Mesmo com estrutura sólida na gestão ambiental, Foz enfrenta desafios. “Ainda temos alguns gargalos, como a destinação de produtos como óleo, pneu e vidro, o que nem sempre é simples de resolver”, completou Borghetti. 
Para Roseli Bartuze, técnica da Secretaria de Meio Ambiente de Foz do Iguaçu, o mais importante é conquistar o envolvimento de todos os setores da sociedade: “Isso por que a educação ambiental é o tema norteador da mudança de comportamento que tanto almejamos, que passa desde diminuir o consumo e separar o lixo até profissionalizar nossos quase mil catadores de materiais recicláveis, pois 750 ainda trabalham de forma irregular”, enfatiza.

Da AE Notícias

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