No dia 30 de Agosto, a educação pública estadual vai parar. As escolas não terão aulas e os trabalhadores da educação irão às ruas por todo o Estado para relembrar os 25 anos da brutal repressão policial aos educadores em greve em 1988, sob o governo Álvaro Dias, e também para reiterar ao governo a pauta de reivindicações da categoria, que está com vários pontos pendentes.
Além dos atos em (Núcleo) e em diversas cidades do Estado, professores e funcionários das escolas, organizados pela APP-Sindicato, farão uma grande manifestação em Curitiba. A concentração será na Praça Santos Andrade, às 9h, que será seguida de caminhada até o Palácio Iguaçu, com a presença de caravanas de todo Estado, inclusive com membros do Núcleo Sindical de Toledo, que sairão de ônibus de frente à sede da APP Sindicato de Toledo.
No mesmo dia, em Brasília, um ato nacional, convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), reivindicará a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que aguarda há três anos e meio o fim de sua tramitação no Congresso Nacional. Os manifestantes montarão um acampamento em frente ao Senado Federal para pressionar os parlamentares.
Memória
Em 30 de agosto de 1988, professores, funcionários, pais e estudantes marcharam rumo ao Centro Cívico em Curitiba para se juntar aos docentes que se concentravam em frente ao Palácio Iguaçu para reivindicar direitos. Chegando à frente do Palácio, foram recebidos pela cavalaria da Polícia Militar com cassetetes e bombas de efeito moral, uma absurda agressãoo que resultou em ferimentos em vários manifestantes. Desde então todos os anos a data é lembrada como o Dia de Luto e de Luta da Educação Paranaense. Neste mês, a APP lançou a campanha ’30 de Agosto: 25 anos’ em que serão publicados depoimentos em vídeo de professores e funcionários da educação sobre os eventos de 1988 no Canal da APP no Youtube: www.youtube.com/user/appsindicato.
Pauta atual
A luta da educação não para. Para este 30 de Agosto, as principais reivindicações em nível estadual são: pagamento das promoções e progressões em atraso; um sistema de atendimento à saúde para todos os servidores estaduais; realização de concurso público para funcionários de escola; enquadramento dos professores que se aposentaram no antigo nível F6 ao atual nível II da carreira; alterações nos contratos temporários; pagamento de 0,6% para os professores para que se atinja o Piso Salarial Profissional Nacional; debate democrático sobre a matriz curricular. Os educadores paranaenses também estão integrados à luta nacional, que tem como pontos prioritários: aprovação do PNE, com aplicação de 10% do PIB em educação pública; destinação dos royalties do petróleo à educação; efetivação do PSPN e de 1/3 de hora-atividade (período de jornada extraclasse) para os professores; contar com a Conferência Nacional de Educação (Conae) como um espaço de debate, aprofundamento de temas e formulação de políticas públicas efetivas para a melhoria da educação no país; contra a terceirização da atividade-fim trazida pela PL 4330.
Da Assessoria