Nos desfiles que percorriam as ruas do Largo São Vicente no fim da década de 80 e início de 90 as ruas eram tomadas por uma multidão que vinha participar da grande festa popular. Famílias inteiras vinham assistir ao desfile e brincar nas ruas. Quando o batuque da bateria começava a alegria do carnaval tomava conta de todos das escolas e dos foliões que vinham assistir e brincar nas ruas. Esse tempo é lembrado com saudosismo por pessoas que participaram e sambaram nas ruas de Toledo como Aristóteles Barros,conhecido como Tóti. “Em Toledo, o carnaval de rua começou em 1987. Nós formamos um bloco pequeno, com pessoas que tinham vontade de fazer o carnaval de rua. A idéia foi minha, do Elizer Dalla Costa, entre outras pessoas.Nós propomos o seguinte: vamos fazer o bloco. Este bloco desfila na rua e depois arrasta as pessoas para o clube (o Toledão). Então surgiu aquele bloco e desfilou somente um ano”, conta. Tóti relata que em 1988, a diretora de Cultura, Mari Dall Bosco, lhe perguntou por que não montar um bloco de rua. “ Eu respondi que se ela arrumasse os instrumentos nós íamos. Aí cada integrante do grupo tentou achar um instrumento. Reunimos cinco pessoas (eu, Robertão, Homero, Fumaça e Piririco) e começamos a batucar ao lado da Casa da Cultura, porém achamos que as pessoas estavam desanimadas. Eis que aparecem mais pessoas querendo fazer parte do grupo e sugerindo para ampliar. Resumo: No dia do carnaval havia mais de 50 pessoas participando, graças também ao Norberto Fabrício que é um artista. Ele inventou a ala das baianas, convidava as meninas que encontrava nas ruas para fazer parte do grupo. Ele inventava as fantasias. Foi assim que iniciou o carnaval de rua em Toledo”. Tóti conta que de 1988 para frente a escola cresceu, e a primeira-dama da época, Gilda Araújo, , propôs que fosse montada uma escola de samba na Vila Pioneiro. Então surgiu a escola de samba Unidos da Vila Pioneiro. “E nós continuamos com a escola Veio Ivo, em homenagem ao seu Ivo, pai da Denise, esposa do seu Ernesto “.
Além dos desfiles das escolas de Samba também foram realizados concursos de Rei Momo e Rainha do Carnaval. Em 1991 aconteceu um dos concursos. Naquele ano participaram como jurados pessoas conhecidas da comunidade como o escritor Oscar Silva, o comunicador Sadi Nunes, a primeira dama, Gilda Araújo, o maestro da banda municipal e professor de música, Elemar Suaizner, entre outras pessoas.
O carnaval nas ruas acabou em 1991, mas em 1995 Toledo e a Festa do Porco no Rolete pisaram na Marquês de Sapucai, no Rio de Janeiro. A Escola de Samba Unidos da Ponte foi para o sambódromo com o enredo “Meu Paraná”. Foram lembrados os imigrantes poloneses, ucranianos, italianos, as riquezas do nosso estado, assim como as festas populares, que atraem milhares de pessoas como a Festa do porco no Rolete. Um grupo de Toledanos participou do desfile, inclusive a toledana Elessandra Dartora que foi em 1993 Rainha da Festa do Porco no Rolete e Miss Brasil em 1995.
Confira ainda em vídeo imagens do carnaval de 1990 e 1991 e as entrevistas com Aristóteles Barros e Sadi Nunes. Além das imagens do desfile no Sambódromo do Rio, onde a Festa Nacional do Porco no Rolete foi lembrada e homenageada no samba enredo da Escola Unidos da Ponte.
Por Rosselane Giordani
