No dia 8 de dezembro do ano passado, o então Diretor superintendente da EMDUR, José Eduardo Bertozzi Correa esteve na Câmara a pedido dos vereadores Adelar Holsbach, Ademar Dorfschmidt, Adriano Remonti, Eudes Dallagnol, Expedito Pereira, João Martins, Leoclides Bisognin e Paulo dos Santos.
Correa declarou na época que ao assumir o cargo em fevereiro de 2010, recebeu uma dívida de pouco mais de R$ 1,2 milhão, mas toda estava documentada. Ao ser questionado sobre os motivos da dívida já que 99% dos serviços realizados pela Emdur são para o município e segundo ele, a administração municipal cumpre rigorosamente com os pagamentos, Correa respondeu que não sabia o porquê da dívida, pois a dívida não fora feita por ele.
José Eduardo Bertozzi Correa, não está mais a frente da Emdur, mas na época negou a existência de algum esquema de esquente de notas. O autor das denúncias é o ex-vereador e ex-diretor administrativo da EMDUR, Marco Pereira.
As informações dão conta de que os vereadores do PT, Adriano Remonti e Paulo dos Santos e do PMDB Ademar Dorfschmidt e Leoclides Bisognin estão analisando as denúncias e devem protocolar na tarde de hoje um pedido de CPI da Emdur.
OPINÃO
É bom lembrar que um dos papéis dos vereadores é fiscalizar a administração pública e que, diante de uma denúncia tão grave, se faz necessário uma avaliação séria e cautelosa, para verificar a veracidade ou não de tais denúncias, para que não paire nenhuma dúvida sobre a gestão dos recursos públicos. A CPI deve ser vista, apenas como um instrumento dos vereadores exercerem sua função, afinal, é para isso que os elegemos. Desta forma, seria de bom tom, não apenas os vereadores Adriano Remonti e Paulo dos Santos, Ademar Dorfschmidt e Leoclides Bisognin assinarem o pedido de CPI, mas os 11 parlamentares. Mas caso isso não ocorra, as quatro assinaturas da bancada de oposição serão suficientes para instaurar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Emdur.
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