Após, a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, anunciar que o Município de Toledo será contemplado com um curso de Medicina durante a Festa do Porco. Nesta semana, durante a plenária do setor de saúde da Universidade Federal do Paraná (UFPR), os coordenadores, chefes de departamento e chefia de setores debateram amplamente o Projeto de Implantação do curso de medicina na cidade, por meio de extensão da universidade. Segundo o prefeito o projeto do curso de medicina tem implicação direta na viabilidade de funcionamento do Hospital Regional, tema que foi debatido na Assembleia Geral do Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste do Paraná (Ciscopar), realizada na quinta- feira (26) em Marechal Cândido Rondon.
Segundo o prefeito de Toledo, Beto Lunitti, o processo de implantação do curso de Medicina está sendo encaminhado com celeridade pela Universidade. A assessoria de imprensa da UFPR informou que o trabalho da Comissão consiste em elaborar todos os estudos de viabilidade técnica e se não vai gerar conflitos com cursos da mesma vertente em uma mesma região. “Ainda são avaliados qual o público e a real necessidade da microrregião”. Posteriormente a essa etapa, vai à votação envolvendo inclusive todo o projeto pedagógico elaborado. De acordo com a assessoria de imprensa da UFPR, a Universidade acredita ser difícil viabilizar a extensão neste ano por falta de tempo hábil. A última reunião do conselho universitário deverá ocorrer em dezembro. A comissão - integrada por pró-reitores de administração e graduação - tem 60 dias para apresentar um parecer, levar à votação e indicar o curso. A comissão é designada pelo conselho universitário.
Diante da possibilidade real de implantação do curso de Medicina em Toledo, anunciada pela ministra Gleisi e ratificada pela UFPR, o prefeito Beto Lunitti pediu cautela aos representantes dos 18 Municípios durante a assembleia Ciscopar ao discutir os rumos do Hospital Regional. Para ele, o momento atual é de análise da situação da instituição. “Devemos ter cautela por conta de uma possibilidade real de termos a UFPR vindo pra Toledo com o curso de medicina. Com isso, o Hospital Regional poderá ter no seu contexto uma vocação universitária: um hospital escola”. O gestor destaca que é um debate que deve ser iniciado com os prefeitos e os secretários dos 18 Municípios. Contudo, ele afirma que a regional de saúde necessita aguardar a decisão da UFPR em implantar o curso em Toledo.
O secretário de Saúde destaca que a principal preocupação dos prefeitos da Regional é com a gestão do hospital. “Quando se pensou o hospital, não se planejou em que faria a gestão. Por isso, quando o prefeito Beto tem lutado para que o hospital tenha um caráter universitário para que a sua gestão esteja vinculada a uma Universidade”. Pensando também na gestão, o prefeito de Toledo também considera a possibilidade maior de liberação de recursos para instituição. “Isto propiciará a vinda de recursos com um valor maior do que se os municípios ou o Estado fossem responsáveis pela gestão”. Na opinião de Simionato, o aumento da capacidade de captação de recursos irá possibilitar um atendimento melhor a população e o pagamento de melhores salários aos profissionais. “Se imaginarmos um município com três mil habitantes, para ele o cofinanciamento se torna inviável. A possibilidade para arcar é quase impossível”.
O secretário de saúde explica que o Hospital Universitário ou Escola será responsável por fazer a assistência e o atendimento à população, mas também terá papel essencial na formação de profissionais. “É fundamental que tenhamos isto para baratear o custo dos municípios e até diminuir o custo para a medicina complementar”.
Ainda de acordo com a UFPR, o município também precisará dar a sua contrapartida, como ocorreu em Jandaia do Sul, em que a prefeitura já tinha definido e destinado o local para a construção do futuro campus. “Não é um processo rápido e também depende do Ministério da Educação”.
Beto Lunitti salienta que o município tomará todas as providências necessárias para cumprir com a contrapartida. “Quando eu e o deputado Elton Welter estivemos na UFPR e depois no MEC, apresentamos um dossiê das demandas de saúde de Toledo e região, as estruturas de saúde que dispomos e já apontamos alguns estudos prévios de áreas. Agora com a vinda da comissão vamos avaliar in loco e tomaremos as providências para que o processo transcorra o mais rápido possível”.
OBRAS HR
Nesta semana, a Construtora responsável pela obra do prédio solicitou ao prefeito de Toledo, Beto Lunitti, o aditamento do prazo de entrega da obra. Os motivos são alheios ao controle da construtora ou da prefeitura, como condições climáticas adversas. O prazo original de entrega da obra era em dezembro deste ano. O prazo foi ampliado em 150 dias.
**Trajetória curso medicina**
No início do ano, o prefeito de Toledo, Beto Lunitti, iniciou o diálogo com representantes da Universidade. O gestor lembra que foram realizadas tratativas em Brasília no Ministério da Educação. “O governo federal é o maior parceiro dos municípios do Paraná. Em Toledo não é diferente. Nós temos uma ligação com a Casa Civil e com os ministérios que nos ajudam e auxiliam a fazer um bom governo e Welter tem sido um grande parceiro nestas lutas”.
O secretário de saúde, Edson Simionato, lembra que o prefeito de Toledo tem realizado um trabalho intenso para viabilizar o a gestão do Hospital Regional. “Desde antes de assumir a prefeitura, Beto tem trabalhado para que o hospital tenha condições de receber uma Universidade e pela implantação do curso de medicina. Isso tudo pela comunidade regional que vive na pele os problemas no dia a dia. Toledo tem 33% de todos os problemas e as soluções”.
