“Acho que estou com gastrite”. Quantas vezes ouvimos ou até mesmo falamos esta frase, quando sentimos algum desconforto no estômago? No entanto, você sabe quando realmente os sintomas estão associados à esta doença? De acordo com o médico gastroenterologista, Leandro Batista de Azevedo, sensação de queimação, dor ou indigestão na região superior do abdome, que pode melhorar ou piorar com a alimentação, náusea ou vômito, perda do apetite ou sensação de plenitude gástrica depois da alimentação podem indicar um diagnóstico de Gastrite. “O que as pessoas precisam constatar, é que a gastrite chega como forma de alerta de que algo no organismo não está funcionando bem”, observa.
Agravantes
O médico relata que a gastrite é uma inflamação da mucosa interna que reveste o estômago causado pelo excesso de ácido ou pela diminuição da camada de muco que protege o estômago. A alimentação desequilibrada, o estresse e o sedentarismo, comumente relatado pelos pacientes, são as principais situações que podem levar ao excesso de ácido no estômago. Azevedo explica que uma dieta rica em refrigerantes e sucos, que possuem um pH baixo, ou seja, ácido para o corpo, comidas rápidas, como os “fasts foods” e alimentos industrializados, que de uma forma geral possuem pouca fibras fazendo com que sejam rapidamente absorvidos pelo organismo, podem - se consumidos a longo prazo - prejudicarem o funcionamento do trato digestório. O estresse contínuo também faz com que a secreção de ácido pelo estômago aumente de forma significativa, contribuindo para o surgimento dos sintomas.
Já o uso de medicamentos, principalmente anti-inflamatórios, comumente utilizados nos dias de hoje e em alguns casos, por meio da bactéria Helicobater Pilory, contribuem para a diminuição da camada de muco que protege o estômago fazendo com que o ácido entre em contato com a parede e cause a infamação da mucosa – a gastrite.
Tipos de gastrite
Existem diversos tipos de gastrite, entre elas: crônica, aguda, enantematosa, erosiva plana, erosiva elevada, viral, por fungos, bacteriana, eosinófila, atrófica, entre outras. “Dentro do tipo de Gastrite, ela pode ainda ser classificada em leve, moderada e intensa”, conta Azevedo. Os sintomas de todas as modalidades podem ser parecidos e até mesmo se confundir. Por este motivo, somente o médico especialista é que pode fazer um diagnóstico correto de qual tipo da doença acomete o paciente.
O que fazer
De acordo com cada tipo e estágio do quadro diagnosticado, o tratamento será definido. Azevedo ressalta que existem vários medicamentos muito eficazes que tratam os sintomas da gastrite. No entanto, o mais importante, segundo o médico, "não é tratar apenas os sintomas porque geralmente eles voltam após a interrupção dos remédios mas sim, tratar as causas da gastrite", explica.
Para ele, optar por uma mudança positiva na alimentação e, principalmente, na rotina para diminuição do estresse contínuo, incluindo atividade física, meditação e espiritualidade, sempre buscando a integração corpo-mente-espírito como preconiza a medicina oriental, são as atitudes que resultam, em longo prazo, no controle efetivo da gastrite e de muitas outras doenças.
Da Assessoria