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CIÊNCIA

Ciência de serviços é demanda do futuro, diz especialista

Evento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação segue até sexta

23/10/2013 - 16:53


A separação entre empresas de produtos e empresas de serviços é coisa do passado, segundo o cientista-chefe do laboratório da IBM Research Division do Brasil, Fábio Gandour. Ele esteve em Cascavel nesta semana a convite do Sebrae/PR para falar para uma plateia de empreendedores e empresários que participam da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Durante a palestra, que abriu o segundo dia de programação, Gandour discorreu sobre as demandas do futuro, alertando os participantes pelo fato de a economia do mundo girar em torno dos serviços.
O produto, para o palestrante, é um serviço para atender o desejo das pessoas. “O hambúrguer, por exemplo, só vende se alguém sente fome. A empresa que fabrica o produto hambúrguer só vai capitalizar quando alguém sentir fome, for até o balcão, onde alguém pegue esse hambúrguer, põe num pão e entrega. Ele deixa de ser um produto e vira um serviço, para matar a fome de alguém”, exemplificou Gandour.
Diante desse novo conceito, Gandour alertou que os empresários precisam estar atentos e aprender a transformar simples produtos em serviços, que agreguem a possibilidade de satisfazer as pessoas. “Alguns produtos são fáceis de ‘servitizar’, como o hambúrguer. Porém, outros são um pouco mais complexos para se dar componentes de serviços, como o banco de automóvel fabricado por uma indústria. Esse é um produto que serve a outro produto (o carro)”, assinalou.
Mesmo, assim, garantiu o palestrante, se a empresa que fabrica o banco para automóvel pesquisar para onde vai o automóvel e diversificar nas propostas, ela agregará valor de serviço. “A montadora é uma integradora de produtos que só no final da cadeia vão se transformar em serviços (o carro inteiro ao consumidor). Porém, o fabricante do banco pode colocar um aquecedor no assento que vai para os carros que serão vendidos no sul. Dessa forma, essa indústria deu ao produto um caráter de serviço. O que era um simples produto vai prestar um serviço, que é o de aquecer”, sinalizou.
Para que as empresas consigam fazer a transformação dos produtos, complementou Fábio Gandour, elas precisam investir em pessoas e tecnologia. “O empresariado é que, agora, tem que começar a chegar perto da ciência. Contratar funcionários com credencial acadêmica alta, mestres, doutores. É o setor privado que vai manter a pujança da atividade científica e tecnológica, não apenas o governo e as universidades apenas”, afirmou.

Da Assessoria

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