Na visita liderada pelo presidente Adriano Remonti os vereadores toledanos foram recebidos pelo presidente da Uopeccan, Ciro Kreuz, o presidente do Conselho Deliberativo, Dimer Webber, e o presidente do Conselho Fiscal, Wilson Riedlinger. Os vereadores Adriano, Ademar Dorfschmidt, Edinaldo Santos, Genivaldo Paes, Lúcio de Marchi, Neudi Mosconi,
Sueli Guerra, Tita Furlan, Vagner Delabio e Walmor Lodi acompanharam vídeo sobre a atuação da Uopeccan-União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer, visitaram as instalações e conheceram o acelerador linear, equipamento de R$ 4 milhões importado dos EUA e que vai entrar em operação nos próximos dias realizando a radioterapia e a chamada radiocirurgia.
Fundada em 1991, a Uopeccan é uma entidade filantrópica sem fins lucrativos e administra o Hospital do Câncer, uma estrutura implantada em 11 mil m² de área construída com 175 leitos e 10 UTIs. Com 560 funcionários e uma equipe multidisciplinar de 90 profissionais que vão de médicos a radioterapeutas e físicos a Uopeccan conta com hospital-escola reconhecido pelo MEC e que está formando sua terceira turma de médicos residentes em cancerologia. Essa estrutura atende cerca de 140 municípios das regiões Oeste, Sudoeste e Noroeste, com cerca de 500 a 600 pacientes por dia nas áreas de prevenção, cirúrgica, radioterapia, quimioterapia e de transplantes de medula.
O presidente da Câmara, Adriano Remonti, destacou que a visita ao Hospital do Câncer praticamente reuniu vereadores e representantes de todos os vereadores e visa estreitar ainda mais
a relação com a Uopeccan. O diretor Wilson Riedlinger se disse feliz com as palavras do presidente da Câmara de Toledo e destacou que no sábado realiza campanha preventiva junto com equipe da Sadia, onde atende todas as mulheres. Adriano lembrou atendimento ao familiar de uma ex-assessora sua que depois de tratado na Uopeccan e já recuperado recebeu em casa o aviso do encaminhamento da consulta para verificar a solicitação que havia feito na rede local antes de procurar a instituição devido à suspeita de câncer. “Estamos aqui não de braços abertos, mas para fazer o que é necessário”, afirmou o diretor Ciro Kreuz, destacando que estão abertos a palestras preventivas e espera ver a todos sempre com saúde, “mas se um dia um precisar a Uopeccan está aqui.”
Prevenção e cura
Na visita foi enfatizada a importância do trabalho preventivo, especialmente na área infantil, onde a instituição é referência em diagnóstico e tratamento, juntamente com a área juvenil. Recentemente a Uopeccan passou a atender também a região de Foz do Iguaçu, que antes era atendida em Florianópolis, o que deve facilitar a detecção e encaminhamento mais cedo. Segundo ele, os casos infantis da fronteira, especialmente do Paraguai, chegavam a atingir 90% de detecção tardia. “A porcentagem de cura está no tempo hábil de procurar a cura”, afirma o diretor da Uopeccan. O vereador Vagner relatou exame de familiar marcado para dezembro e o diretor informou que poderia ser feito no dia seguinte, enquanto o vereador Walmor Lodi indagou a respeito da possibilidade de compra do aparelho pet scan, do qual necessitou no tratamento de um filho. O diretor informou que ele custa cerca de R$ 5 milhões e deve ser o próximo a ser adquirido depois do acelerador linear.
Radiocirurgia
Os vereadores conheceram o novo equipamento, que vai entrar em operação após inspeção da Anvisa e CNEN-Comissão Nacional de Energia Nuclear de seu funcionamento e instalações, que incluem porta de proteção contra radiação que custou R$ 80 mil. O aparelho importado dos EUA foi mostrado pela radioterapeuta Vanessa Ishissato Mercante e o físico médico Gustavo Simonetti e tem capacidade para atender até 120 pacientes por dia. Ele complementa o procedimento cirúrgico ou quimioterapia, segundo explicou Ciro Kreuz. “A gente vai poder oferecer a mais alta tecnologia ao paciente”, afirmou o diretor da Uopeccan.
Unidade em Umuarama
A Uopeccan está instalando uma nova unidade em Umuarama, num investimento de R$ 50 milhões que vai permitir atender na região os pacientes do Noroeste. São cerca de R$ 30 milhões em recursos próprios e R$ 20 milhões dos governos estadual e federal e a Uopeccan destaca o custo
e prazos reduzidos da obra de três anos. Ele estima que a nova unidade com 16,5 mil m², 270 leitos e 20 vagas de UTI esteja pronta em maio ou junho e que custaria cerca de R$ 30 milhões a mais se fosse gerida no sistema de governo.
O diretor Ciro Kreuz enfatizou neste sentido a governança corporativa e a administração dos recursos, que levou a Uopeccan a tornar-se um dos maiores e melhores complexos hospitalares sul-americanos de tratamento do câncer. Os diretores atuam sem remuneração e a Uopeccan conta com um programa que gerencia desde a entrada do paciente até a saída e a compra dos medicamentos e sua aplicação. Ciro Kreuz destaca que ele surgiu a partir da descoberta por um funcionário de um resto de medicamento no lixo e que embora tenha custado R$ 800 mil salvou a instituição pois mudou sua gestão e agora o remédio é aproveitado até a última gota. Hoje a Uopeccan conta com 75% de pacientes do SUS e 25% de convênios, particulares e gratuitos. A instituição atende todos os convênios e tem parceria com o Governo do Estado nas áreas de baixa e média complexidade, mas o diretor afirma que se a Uopeccan dependesse dos convênios e SUS não chegaria ao atual patamar.
Humanismo e competência
Para isso a instituição busca unir o humanismo e a competência para continuar recebendo o apoio da população, resume o diretor Ciro Kreuz. Nesse sentido a Uopeccan conta com o trabalho de telemarketing, além de leilões, doações e 156 voluntários coordenados pelas Irmãs Franciscanas Angelinas, além do trabalho da Liga Feminina de Combate ao Câncer e rotarianos, entre outras instituições. Os resultados incluem o recebimento no próximo final de semana, no Nordeste, do prêmio da Fundação Ronald McDonald pelo desempenho no McDia Feliz, onde conseguiu vender 19 mil sanduíches, recebendo R$ 230 mil arrecadados no evento. Agora a Uopeccan receberá um prêmio de R$ 30 mil pelo resultado alcançado na promoção. “O dinheiro tem que ser muito bem aplicado, se não você não tem mais respaldo da população”, afirma Ciro Kreuz.
Da Assessoria
