A ação vai envolver todas as crianças que fazem parte do projeto Atleta do Futuro, totalizando cerca de 2 mil crianças, além de contar com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, através do programa de combate às endemias.No encontro, o coordenador do programa, Selídio Schmidt, juntamente com outros técnicos, passou orientações técnicas aos professores, sobre os cuidados, sintomas e como prevenir a dengue. Transmitida pelo Aedes aegypti, a dengue pode ser controlada através da eliminação do mosquito transmissor. O mosquito prolifera-se rapidamente em ambientes quentes e úmidos. A principal forma de evitar a proliferação é através da eliminação de recipientes que acumulem água e que possam reproduzir as condições ideais para a criação do mosquito. A orientação é para retirar dos quintais garrafas, copos, plásticos, pneus, entre outros materiais que jogados ao ar livre possam acumular água.
“O processo é simples, mas a conscientização das pessoas deve ser constante”, comenta a gestora do projeto Atleta do Futuro, Nádia Fuchs. Por isso, um batalhão de cerca de 2 mil pessoas, entre crianças e jovens, juntamente com os professores, profissionais do Sesi e agentes de endemias, vão auxiliar neste trabalho.
A primeira etapa incluiu a capacitação dos professores. Agora eles vão trabalhar com as crianças, que se transformarão em pequenos fiscais. Cada criança terá que fiscalizar durante o ano cinco casas, incluindo a sua, e orientar sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito. As crianças vão receber fichas de avaliação para acompanhamento. As casas que estiverem dentro das condições ideais vão receber um selo atestando a boa conduta, enquanto que em caso de focos, os agentes da dengue serão acionados. “A criança vai identificar na ficha de avaliação e repassar para o professor, que por sua vez vai acionar o setor de endemias”, explica Nadia.
O trabalho deverá ser feito ao longo do ano e envolverá cerca de 10 mil residências. Cada criança deverá vistoriar periodicamente cinco casas, incluindo a sua, para fazer o acompanhamento. “É um trabalho muito interessante que vai auxiliar na formação da criança. O que ela aprende agora fica para o resto da vida”, comenta Nádia. Ela também observa os resultados pedagógicos, com uma aceitação melhor pelos adultos, quando as informações são repassadas pelas crianças. “Quando você recebe um panfleto da dengue, praticamente não lê, mas quando vem uma criança te ensinar o que fazer, a situação é diferente. O poder de convencimento de uma criança é muito grande.
Da Assessoria - Toledo
