Casa de not%c3%adcias   1144 x 150  %281%29

AMBIENTE

Plano de Arborização de Toledo é aprovado em primeiro turno

PMAUT prevê que em duas décadas o perímetro urbano de Toledo esteja mapeado, com arborização correta.

12/11/2013 - 00:37


Preservar, ampliar e reordenar a arborização urbana de Toledo são alguns dos objetivos do Plano Municipal de Arborização Urbana de Toledo (PMAUT). O Plano ainda visa organiza o que existe em termo de arborização na cidade. Desta forma, observando quais árvores podem ser retiradas e direcionadas do que, quando, como e quais espécies devem substituir as anteriores.

Na noite de segunda-feira (11), os vereadores aprovaram – por unanimidade - o Projeto de Lei nº 198/2013, o qual institui o Plano. Antes disso, a Comissão Especial da Câmara Municipal, presidida pelo vereador Adriano Remonti, tendo como relatora a vereadora, Sueli Guerra apresentaram – neste ano – o Plano à comunidade.
Segundo estudos, a arborização contribui diretamente com a qualidade do clima, aumentando a umidade relativa do ar, garantindo a permeabilidade do solo, facilitando a drenagem da água, bem como, protegendo várzeas e pequenos cursos de água da área urbana.
O debate para a implantação do Plano de Arborização no Município de Toledo iniciou no ano de 2011. Contudo, o tema ganhou destaque com a assinatura do Termo de Ajustamento e Conduta (TAC) entre o promotor de Justiça, Giovani Ferri, representantes do Poder Público e entidades.
O TAC não permite cortes abruptos, mas sim, a substituição e a padronização das árvores. Estima-se que Município tenha aproximadamente 90 mil árvores na área urbana, sendo que 74% desta arborização está adequada, ou seja, são árvores saudáveis, não possuem doenças, rachaduras ou problemas de tombarem com o vento, enfim. Do volume total de árvores na sede, 23,18% estão em estado regular; 2,63% possuem algum tipo de doença e 0,17% estão mortas.
Na última audiência pública, o presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente do Município de Toledo, Robert Gordon Hickson, lembra que a história do reflorestamento em Toledo começou em 2007. Sabíamos da importância de organizarmos a arborização urbana e, por isso, procuramos o Ministério Público. Caso contrário não chegaríamos a este momento. A época, o Conselho, sem o apoio da promotoria, não conseguiu fazer andar este projeto”. 
A relatora, a vereadora Sueli Guerra, explica que após várias reuniões com lideranças, autoridades e a Comissão compreendeu que o Plano condiz com os estudos realizados anteriormente. Sueli lembra que após dialogar com a população compreendeu que o Plano está de acordo com o Projeto de Lei e não há necessidade de alteração.
O vereador, Rogério Massing, fala sobre a importância do Projeto de Lei. Para ele, o Plano traz algo que a sociedade começa a cobrar: árvores. “O calor registrado no domingo e na segunda-feira faz com as pessoas fiquem atentas e busquem por uma sombra. Quando nos locomovemos a pé vemos o quanto precisamos melhorar a arborização. As raízes estão na calçada ou na área de tensão”.
O vereador, Neudi Mosconi, declara que muitas plantas foram plantadas em Toledo sem a avaliação do impacto deste plantio no futuro. “O PL prevê o manejo; estabelece as diretrizes de plantio; planejamento do equilíbrio ambiental da cidade; defini critérios de arborização por cada bairro, entre outros fatores”.
Mosconi destaca que a comunidade precisa sentir-se envolvida para auxiliar nas mudanças. “A discussão está no começo e é um planejamento estratégico. Traz à tona a modernização da administração pública. A discussão, todas as ferramentas foram esgotadas. Discussão na câmara e hoje a Lei está sendo apreciada e votada em primeiro turno.
O presidente da Câmara de Vereadores e presidente da Comissão, Adriano Remonti, salienta que o PL foi muito bem discutido com a sociedade. “Suas mudanças são fundamentais para o desenvolvimento do Município e o bem-estar da população”.
Remonti afirma que a Secretaria de Meio Ambiente deverá desenvolver programas de educação ambiental objetivando formar e sensibilizar a comunidade sob a importância da preservação e da manutenção, reduzir a depredação e o número de infrações administrativas a danos na vegetação. “Além de estabelecer convênios e intercâmbios com a universidade, formar a sensibilizar a comunidade sob a importância do plantio de plantas nativas”.
Ele pondera que o Plano vai conduzir a política de arborização de Toledo de uma forma respeitosa com a população e com o meio ambiente. “É possível mudar, mas depende da comunidade e da vontade do prefeito que seja executado o plano na íntegra”.
Estudo
De acordo com o diagnóstico de arborização, o Município de Toledo possui 90 mil árvores na área urbana. Do valor total, 6,85% são falsa murta, o que representa em média 7 mil árvores. A falsa murta fica apenas atrás das espécies: alfeneiro (15,7%), outras espécies (10,7%), extremosa (9,94%) e canela (7,35%).
No entanto, os dados significativos são dois: a sanidade das árvores e sua substituição. O levantamento mostrou que Toledo possui 90 mil árvores e 74% desta arborização está adequada, ou seja, são árvores saudáveis, não possuem doenças, rachaduras ou problemas de tombarem com o vento, enfim. Do volume total de árvores na sede, 23,18% estão em estado regular; 2,63% possuem algum tipo de doença e 0,17% estão mortas.
No entanto, o mesmo diagnóstico que mostra a boa sanidade das árvores em Toledo também aponta que 56% desta arborização precisa ser substituída. Outro dado apresentado é a interferência da árvore na fiação elétrica. O estudo mostrou que 62,4% não apresenta algum tipo de problema, porém 26,3% interferem de alguma forma e 11,1% são árvores jovens que irão atrapalhar a fiação quando adultas.
O estudo ainda apresentou que 92% das árvores estão localizadas em passeios com mais de 3 metros de largura e que 80% das raízes das árvores não interferem em nada, mas 10,5% quebra a calçada e 1,9% são espécies que a destroem. Com relação a interferência no trânsito, 82,6% não afeta em nada; 9,5% afeta pedestres e 4,4% veículos e 3,4% ambos.
O Município terá que se preparar para executar o trabalho gradativamente e dentro da proposta orçamentária atual. O Plano deverá ser executado a médio e em longo prazo.

Anuncio gene 2