Também acompanhou a visita o vice-prefeito de Marechal Cândido Rondon, Silvestre Cottica. Ao lado do prefeito de Maringá, Silvio Barros, e dos vereadores daquela cidade, a comitiva local acompanhou a exposição feita pela empresa Foxx Soluções Ambientais, de São Paulo, que representa no Brasil a francesa Groupe Tiru, que opera usinas na Europa para o tratamento e destinação final de resíduos sólidos urbanos. A empresa apresentou o projeto dentro do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) e propõe a implantação de uma usina para a queima dos resíduos para a geração de energia elétrica, ao custo de R$ 81 a tonelada para o município de Maringá.
A transformação do lixo sólido urbano em energia ainda é uma novidade no Brasil, mas na Europa esta tecnologia é bastante usada, com cerca de 30 unidades espalhadas em diversas regiões. No Brasil, dois projetos estão em andamento, sendo um de Minas Gerais, também visitado pelo prefeito de Toledo e outros representantes da região, além de um experimento da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O município de Toledo está conhecendo iniciativas existentes, uma vez que lidera um grupo de 7 municípios que busca uma alternativa conjunta para o tratamento e destino final de resíduos sólidos urbanos.
“É uma proposta interessante, mas prevê uma grande quantidade de resíduos. Mesmo reunindo os sete municípios, o volume gerado seria insuficiente para viabilizar o empreendimento”, comentou Cypriano. Segundo ele, o município pediu a empresa uma avaliação de custos para a implantação de um protótipo de menor porte, visando atender a demanda da região. Há cerca de seis meses estão sendo realizadas em Toledo discussões em torno do tema, reunindo as prefeituras de Toledo, Marechal Cândido Rondon, Maripá, Palotina, Nova Santa Rosa, Quatro Pontes e Ouro Verde do Oeste.
A tecnologia apresentada em Maringá opera na Europa desde 1922 com o tratamento de 3,6 milhões de toneladas de resíduos e geração de 4,2 gigawatts de energia ao ano. Uma das usinas está instalada em Paris, a cinco quilômetros da Torre Eiffel e nas margens do rio Sena. A tecnologia elimina o uso do aterro, acaba com a emissão de gás metano, chorume e evita impactos ambientais. A cinza que restar na queima dos resíduos pode ser utilizada no reforço de pavimentação. Em Maringá, a proposta é uma parceria entre o poder público e a iniciativa privada para o processamento de 500 toneladas de resíduos por dia. A empresa investiria na planta, sem custos para os cofres públicos, e receberá por tonelada de lixo entregue, equivalente a R$ 81 por um período de 30 anos. O projeto ainda está em estudos naquele município.
Da Assessoria - Toledo
