Massing disse que desde sexta-feira (11) até domingo (13) ficaram completamente isolados. “A força da água que arrastava tudo levou três pontes inteiras e mais duas cabeceiras de pontes. Na serra em si, a situação era mais tranqüila, mas na baixada foi muito violento”.
Ele relata que a Defesa Civil priorizou o atendimento das famílias desalojadas, por isso, no domingo começou faltar mantimentos. “Não tínhamos água potável e os alimentos acabaram. Tinha gente vendendo 5 litros de água a R$ 40. Denunciamos a polícia e a partir daí recebemos água e bolacha. Mais tarde recebemos pão com frios. Só na segunda-feira (14) recebemos banheiros químicos. Pagamos R$ 78 de pedágio, a empresa poderia ter dado uma assistência maior aos caminhoneiros”.
Massing conta que a partir das 19h de segunda até as 7h desta terça-feira (15) os caminhões pesados começaram a ser liberados e depois os carros pequenos, mas o fluxo ainda muito lento. Ele informou que no Cais do Porto poucas empresas estão operando. “A descarga é lenta. O governo e a polícia estão pedindo para diminuir o carregamento. Apesar de ter chego hoje, aqui no Porto, uma draga de 306m2, a maior da história de Paranaguá, a descarga é lenta”.
Rogério Massing contou que muitos motoristas estão com medo de voltar e encontrar barreiras e mais deslizamentos. “Eu confesso, com 20 anos de Paranaguá, nunca vi qualquer coisa parecida com isso”, desabafou.
A Polícia Rodoviária Federal do Paraná alertava no twitter, na tarde desta terça-feira que: “o motorista que seguir pela BR 101 em SC, sentido Paraná, NÃO vai chegar até Curitiba” e “ATENÇÃO: A BR 376 NÃO está liberada!! Sem previsão de liberação. A rodovia ainda apresenta muitos trechos com riscos de desabamento!!”.
Por Selma Becker