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GERAL

Em 20 anos de Paranaguá, nunca vi algo parecido com isso, desabafou Massing

O vereador toledano, Rogério Massing que também é caminhoneiro encontra-se no Porto de Paranaguá, mas por três dias esteve ilhado junto com outros profissionais, por conta da catástrofe natural ocorrida naquela região.  A reportagem conversou por telefone com o vereador que relatou o cenário de horror que a população da região e caminhoneiros vivenciaram.

15/03/2011 - 15:38


Massing disse que desde sexta-feira (11) até domingo (13) ficaram completamente isolados. “A força da água que arrastava tudo levou três pontes inteiras e mais duas cabeceiras de pontes. Na serra em si, a situação era mais tranqüila, mas na baixada foi muito violento”.

Ele relata que a Defesa Civil priorizou o atendimento das famílias desalojadas, por isso, no domingo começou faltar mantimentos. “Não tínhamos água potável e os alimentos acabaram. Tinha gente vendendo 5 litros de água a R$ 40. Denunciamos a polícia e a partir daí recebemos água e bolacha. Mais tarde recebemos pão com frios. Só na segunda-feira (14) recebemos banheiros químicos. Pagamos R$ 78 de pedágio, a empresa poderia ter dado uma assistência maior aos caminhoneiros”.

Massing conta que a partir das 19h de segunda até as 7h desta terça-feira (15) os caminhões pesados começaram a ser liberados e depois os carros pequenos, mas o fluxo ainda muito lento. Ele informou que no Cais do Porto poucas empresas estão operando. “A descarga é lenta. O governo e a polícia estão pedindo para diminuir o carregamento. Apesar de ter chego hoje, aqui no Porto, uma draga de 306m2, a maior da história de Paranaguá, a descarga é lenta”.

Rogério Massing contou que muitos motoristas estão com medo de voltar e encontrar barreiras e mais deslizamentos. “Eu confesso, com 20 anos de Paranaguá, nunca vi qualquer coisa parecida com isso”, desabafou.

A Polícia Rodoviária Federal do Paraná alertava no twitter, na tarde desta terça-feira que: “o motorista que seguir pela BR 101 em SC, sentido Paraná, NÃO vai chegar até Curitiba” e “ATENÇÃO: A BR 376 NÃO está liberada!! Sem previsão de liberação. A rodovia ainda apresenta muitos trechos com riscos de desabamento!!”.

Por Selma Becker

 

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