O Hospital alega que o Governo do Estado não efetuou o pagamento de procedimentos administrativos datados desde 2011 e outros voltados à neurocirurgia. A Administração Municipal procurou o Ministério Público para intermediar uma solução junto ao Hospital e o Governo do Estado.
O chefe da 20ª Regional de Saúde, Odacir Fiorentin, havia se comprometido a efetuar o pagamento na primeira quinzena de dezembro, compromisso firmado na última reunião ordinária no mês de novembro do Conselho Municipal de Saúde. Na oportunidade, o chefe da 20ª Regional reconheceu a dívida e afirmou ter encaminhado os valores para a Secretaria da Fazenda do Paraná. O prazo venceu no domingo e como não houve nenhum depósito o hospital decidiu não atender novos pacientes nos leitos de UTI.
O secretário de Saúde Edson Simionato relatou que apesar da responsabilidade dos débitos ser do Governo do Estado, a Administração Municipal está preocupada em garantir o atendimento à população de Toledo e região. Nesse sentido o prefeito Beto Lunitti, ainda na manhã desta segunda-feira tentou contato com a superintendente do Hospital Michel Okano, sem sucesso, e posteriormente com o gabinete do secretário de Estado da Saúde Michele Caputo Neto. “A assessoria informou que o secretário não estava no gabinete. Ainda sim, expliquei a situação pedi a sensibilização do estado para o pagamento dos créditos do hospital”, afirmou o prefeito.
Simionato explicou ainda que os débitos não pagos pelo Estado são referentes a serviços já prestados anteriormente a inspeção sanitária, ou seja é uma dívida reconhecida pelo Estado. “Já os serviços prestados a partir da inspeção dependem do processo de credenciamento, e este assunto tem sido tratado junto ao Hospital, a Secretaria de Saúde, Conselho Municipal de Saúde e o Ministério Público, que se colocou a disposição para intermediar um Termo de Ajustamento de Conduta diante de um plano de metas a ser apresentado pela direção do Hospital Bom Jesus”, informou o secretário. Em reunião realizada na prefeitura o Hospital comprometeu-se a apresentar o plano de adequações das estruturas que requerem um tempo maior, para atender as normativas sanitárias, o que até o momento não foi protocolado, no entanto, as adequações exigidas em curto prazo pela Vigilância Sanitária já foram atendidas pelo Hospital.
O promotor José Roberto Moreira reiterou a disposição do Ministério Público em intermediar um encontro nesta terça-feira (17) com o objetivo de buscar uma solução para o impasse. “Vou convocar uma reunião para me inteirar das posições e tentar sensibilizar as partes para um acordo que objetive não deixar a população desassistida”.
Da Assessoria - Toledo