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SAÚDE

Secretaria da Saúde promove Dia de Luta e Combate à Tuberculose

A Secretaria Estadual de Saúde promove nesta quinta-feira (24) o Dia Mundial de Luta e Combate à Tuberculose. Estão programadas palestras, entrega de prêmios a instituições que se destacaram no combate à doença e apresentação de teatro e coral.

24/03/2011 - 12:14


A tuberculose, doença passível de ser prevenida, tratada e mesmo curada, ainda mata cerca de 4,7 mil pessoas todos os anos no Brasil. Atualmente, o Brasil ocupa o 19º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. São notificados anualmente 72 mil novos da doença no país. No ano passado, o Estado apresentou 2.400 casos novos de tuberculose, um coeficiente de incidência de 23,0 / 100 mil habitantes. Em 2009, o índice era de 24,2 / 100 mil habitantes.

Robert Koch descobriu o agente causador da tuberculose no dia 24 de março de 1884 e a data se tornou referência mundial para ações de combate à doença. No Paraná, a secretaria da Saúde distribuiu materiais educativos (350 mil folderes e 10 mil cartazes) para as 22 Regionais de Saúde, os 399 municípios do Estado e as instituições parceiras no controle da tuberculose.

 “Temos tido uma redução progressiva da incidência e os casos bacilíferos (que são contagiosos) mantém-se em aproximadamente metade do total de casos”, diz Betina Mendes Gabardo, coordenadora estadual do programa de controle da tuberculose. Segundo ela, as ações da saúde devem ser de monitoramento dos casos pulmonares bacilíferos, que são os responsáveis pela transmissão da doença e pela manutenção da cadeia epidemiológica. “Esses casos apresentam mais de 5.000 bacilos por ml de secreção e o paciente transmite a doença para as pessoas que convivem com ele através da fala, tosse e espirro”, diz Betina, ressaltando que as ações do programa estendem-se a todas as formas e casos de tuberculose.

Um dos maiores desafios das autoridades sanitárias tem sido atuar para que os pacientes não abandonem o tratamento. “O tratamento de tuberculose tem a duração de pelo menos seis meses, e não deve ser interrompido porque há risco de se criar bactérias multirresistentes”, explica.

Diagnóstico

O Paraná vem reforçando as ações para o diagnóstico precoce da tuberculose e a oferta de Tratamento Diretamente Observado (TDO) com o objetivo de aumentar a cura e reduzir o abandono do tratamento. “Nossa orientação é para que todas as regionais de saúde implantem o TDO, que é uma forma eficiente de garantir que o paciente siga o tratamento até o fim”, diz a coordenadora.

Outra ação importante para o controle da doença é a notificação obrigatória de Infecção Latente da Tuberculose – ILTB (pessoas infectadas pelo bacilo, mas não doentes), que o Paraná está implantando de forma informatizada. Em razão dessa nova forma de monitoramento, o Estado foi convidado pelo Ministério da Saúde a expor a metodologia utilizada no Congresso de Medicina Tropical, que será realizado em Natal/RN, no dia 26 de março. A palestrante será Betina Gabardo, representando a Secretaria de Estado da Saúde, que falará sobre “Monitoramento de Infecção Latente”.

Números

 O Paraná tem 71,6% de taxa de cura de tuberculose e 7,2% de abandono do tratamento. A Organização Mundial da Saúde preconiza taxas de 85% de cura e abandono abaixo de 5%. Outra preocupação das autoridades médicas é quanto à letalidade da doença, que chega a 9%. Segundo Betina Gabardo, “essas taxas se devem principalmente ao diagnóstico tardio, por isso estamos incentivando o diagnóstico precoce da tuberculose através da investigação dos sintomáticos respiratórios e dos contatos dos doentes”, ressalta.

 

Das Agências

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