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GERAL

Sustentabilidade, com inovação e tecnologia, é uma forte tendência para aconstrução civil

O Brasil é um país bastante rico em recursos naturais e, atualmente, vive um momento de grande atividade no setor da construção civil. Esse cenário tem feito com que algumas das empresas ligadas à cadeia produtiva ainda não
estejam totalmente preocupadas com a questão da sustentabilidade.
Entretanto, análises de tendências, apresentadas durante a Feira do Empreendedor 2011 – Paraná, evento de empreendedorismo realizado pelo Sebrae/PR de 17 a 20 de março passado, em Curitiba, indicam a adaptação do
setor aos meios sustentáveis de produção como uma das fortes tendências para os próximos anos.

24/03/2011 - 17:00


A sustentabilidade ambiental no setor, de acordo com a coordenadora estadual da Construção Civil e consultora do Sebrae/PR, Carla Werkhauser, está relacionada a iniciativas de implantação e desenvolvimento de sistemas produtivos ambientalmente responsáveis. “Um estudo encomendado pelo Sebrae/PR aponta que ainda há resistência dos segmentos produtivos da construção civil na utilização de materiais ou implantação de processos ambientalmente responsáveis, pois o custo ainda é elevado.”
Conforme esclarece Carla Werkhauser, esse tipo de edificação requer um investimento inicial maior. “Os chamados greenbuildings possuem alta tecnologia e eficiência térmica e energética, mas, por enquanto, não ultrapassam 200 unidades no País devido ao custo da obra. Por outro lado, as tecnologias verdes já começam a atrair clientes e a tendência é que a sustentabilidade na construção civil terá o mesmo nível e importância que a qualidade e a produtividade”, afirma.
O Sebrae/PR, explica a coordenadora estadual da Construção Civil, contratou a Cortex Intelligence, empresa com sede no Rio de Janeiro, para monitorar informações e índices que têm reflexos no setor. Com os subsídios, que vão
desde a identificação de informações veiculadas na mídia, fatos e acontecimentos, até indicadores econômicos, a Cortex Intelligence prepara relatórios com análises de cenários atuais e perspectivas futuras.
No caso específico da construção civil, a empresa fez o estudo com base em informações dos Sindicatos da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) no Paraná e São Paulo, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI),
Associação Brasileira de Materiais de Construção (Abramat), Euroconstruct e Construct Internacional. Foram analisadas seis variáveis que indicam algumas das principais tendências para a cadeia da construção civil. Entre elas,
estão a tecnologia de operações, que visa perceber as questões relacionadas a novos materiais e novas técnicas produtivas; os hábitos de consumo, que relaciona as preferências do consumidor, principalmente no mercado
imobiliário. Também fazem parte do estudo a sustentabilidade ambiental, o mercado de trabalho, qualidade e a organização da indústria, que leva em consideração os aspectos relacionados a capacidade de investimento,
infraestrutura e integração da cadeia no setor de construção civil.
Tendências
 “A venda de pré-fabricados é tendência do mercado. Até mesmo paredes de casas se tornarão insumos e poderão ser entregues com um caminhão, acelerando o processo produtivo. Além disto, observamos a utilização do bagaço de cana de açúcar, garrafas pet e pneus como matérias-prima da construção civil e a proibição da utilização de materiais prejudiciais à saúde, como o amianto, o chumbo e o beneficiamento do mármore a seco”, esclareceu a coordenadora estadual do Sebrae/PR, durante a palestra na Feira do Empreendedor 2011 – Paraná.
Segundo Carla Werkhauser, a utilização eficaz de materiais e tecnologias com bons resultados quanto à sustentabilidade será uma realidade e uma demanda efetiva por parte dos consumidores que hoje estão na faixa dos 16 anos. “Hoje, o consumidor já sinaliza a demanda por espaços funcionais e flexíveis, e como tendência, o mercado aponta para a valorização da criatividade e diferenciação em edifícios desenvolvidos para públicos específicos, como jovens casais e a terceira idade.”
Na busca pela qualidade de vida, acrescentou a coordenadora estadual, moradias que incorporem diversas funções, tais como morar, trabalhar e se divertir, terão público cativo. Outra realidade destacada por Carla Werkhauser diz respeito à integração entre universidades e o setor produtivo no desenvolvimento de novas soluções para a construção civil. “Esta integração será facilitada por leis governamentais mais claras e eficientesde produção e transferência de tecnologia”, antecipou a coordenadora estadual.
Oportunidades
Nas variáveis analisadas no estudo de tendências da cadeia da construção civil foram apontadas áreas de oportunidades para micro e pequenas empresas do setor. “Dentro das tecnologias de operação, por exemplo, há espaço para micro e pequenas empresas que trabalham com a criação e implementação de sistemas de informação; ou aquelas que se especializarem em tecnologias verdes e inteligentes; ou ainda, empresas de capacitação profissional, que terão um mercado vasto, uma vez que haverá a necessidade de incorporar profissionais que saibam trabalhar com tecnologia para atendimento das necessidades do setor”, destacou Carla Werkhauser, do Sebrae/PR.
Ainda de acordo com a coordenadora estadual, as empresas que investirem no desenvolvimento de tecnologias de comunicação e gestão da informação terão a sua disposição um maior número de canais para atuação junto ao cliente, bem como maiores informações sobre ele. “Empresas de certificação e controle de qualidade também apresentam boas perspectivas, visto que a rede laboratorial ainda não é muito desenvolvida no País e a demanda do mercado tende a se elevar. Já os negócios ligados a áreas de software também podem absorver parte da renda gerada nesse mercado com a criação de sistemas de controle da qualidade focados no segmento de construção civil”, indicou.

Da Assessoria

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