Deste número em média a cada 10 homens, quatro mulheres apresentaram DST’s. As doenças que mais comuns entre os homens é a gonorréia e para as mulheres o HPV. A faixa etária varia de 18 a 30 anos de idade.
A enfermeira responsável pelo CTA, Juliana Beux, explica que a pessoa que procura na unidade básica informações sobre a testagem em Aids é orientada a procurar o centro, considerado referência em DST’s. Ela ainda lembra que não é necessário consultar com um médico. Inicialmente é feito o cadastro do paciente, com as informações pessoais e é questionado se manteve relação sem o uso da camisinha. Após esta etapa é realizada a coleta da história clínica para identificar se realmente é uma DST ou outros problemas relacionados aos órgãos genitais. A partir do diagnóstico, a equipe pode medicar dentro de um protocolo estabelecido. “O objetivo do protocolo é eliminar todos os problemas com um atendimento somente, no entanto, alguns pacientes retornam, porque a equipe identifica uma DST, porém durante os dias aparece outra doença que possui um sintoma mais tardio”, informa.
A profissional observa que a maioria das pessoas que procuram o CTA não possui um parceiro fixo. A enfermeira alerta que esse é o comportamento de risco que expõem a doença. “Aí que mora o perigo, porque durante a relação sexual as pessoas não usam a camisinha. É nesse grupo que está o maior índice de HIV e DSTs. Segundo Beux as principais doenças são: o vírus do HPV que causa os condilomas(as verrugas) nas genitálias (pênis, vaginas ou ânus). “As verrugas precisam ser cauterizadas até serem eliminadas”, explica. Outra DST comum é a gonorréia, que tem como sintomas dor ao urina e bastante secreção com pus. Na mulher, o sintoma demora para aparecer e no homem os sintomas se manifestam mais rápidos.
A profissional relata também que normalmente as pessoas que procuram o CTA não esperam um resultado positivo e que o grande temor ainda é em relação a AIDS. “O impacto maior é no HIV, devido ao preconceito. A hepatite e a sífilis o entendimento da população é mais tranqüila”. A enfermeira reforçou que as pessoas devem se conscientizar sobre a necessidade de usarem preservativos, evitando assim o contágio com doenças sexualmente transmissíveis.
Por Graciela Souza
