Durante o congresso, a campanha desenvolvida em Toledo foi apresentada em formato de banner na categoria social. O trabalho que resultou na terceira colocação, dentre diversos participantes de todo Brasil, consistiu na realização de Ultrassonografia Óssea do Calcâneo (UOC) como método de rastreamento para osteoporose na população do município. “Foram realizados 235 exames gratuitos em 18 homens acima de 65 anos e 217 mulheres acima de 55 anos, que apresentavam algum fator de risco para desenvolvimento da doença. A seleção foi divulgada com antecedência para pacientes com indicação médica”, explicou Shmidt.
O reumatologista responsável, já contava com experiência da época em que realizou a residência, em Curitiba. De acordo com ele a Campanha de Prevenção contra a Osteoporose no município foi de suma importância. “Mais uma vez alertamos a população de Toledo da necessidade de se prevenir e identificar a osteoporose precocemente e consequentemente evitar a ocorrência de fraturas por fragilidade óssea”.
Para o assessor especial em Saúde, Edson Simionato, o reconhecimento do reumatologista e da equipe envolvida com o trabalho é muito relevante. “A Campanha e os resultados apresentados concorreram com trabalhos de todo o Brasil e essa excelente colocação, além de levar o nome de Toledo a âmbito nacional, demonstra a capacidade dos nossos profissionais”, afirmou ao agradecer a equipe em nome da Secretaria de Saúde.
Campanha de Prevenção contra Osteoporose 2013
A parceira com o Laboratório disponibilizou o equipamento utilizado, além de um técnico treinado para o serviço. O resultado foi de 49,4% considerados normais, 50,6% alterados, dos quais 7,2% apresentaram risco alto e 43,4% risco moderado. Dos 17 exames de UOC classificados como risco alto, 65% apresentaram osteoporose pelo exame de Densitometria Óssea (DXA), realizado em casos de risco moderado com T-score mais baixo e 75% apresentaram osteoporose.
Segundo o Doutor Leonardo Michaelis Shmidt, a conclusão mostrou que o UOC é um método seguro e de rápida e fácil aplicação. “Nossos dados demonstraram que é um exame confiável para rastreamento de casos suspeitos de perda de massa óssea, visto que 75% e 100% respectivamente da amostra de casos como média e alto risco apresentaram algum grau de perda de densidade mineral óssea à DXA”, explicou.
Oesteoporose
A osteoporose atinge 10 milhões de pessoas no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, e impacta diretamente na qualidade de vida do indivíduo, já que existe a tendência de fraturas devido à perda da resistência óssea. No caso da população feminina é ainda pior: uma em cada quatro mulheres com osteoporose apresenta fratura vertebral na pós-menopausa. Portanto, o diagnóstico precoce da osteoporose é fundamental, uma vez que permite ao médico e paciente tomarem medidas adequadas para evitar fraturas, cirurgias e perda de qualidade de vida.
A osteoporose é definida como uma doença osteometabólica, caracterizada por perda de massa óssea importante, que faz com que seu portador seja mais propenso ao desenvolvimento de fraturas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, no mundo, 13% a 18% das mulheres e 3% a 6% dos homens, acima de 50 anos, sofrem com a doença.