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MILHO - MERCADO PROMETE EM 2011

Historicamente os preços do milho são poucos remuneradores, exceto quando ocorrem fatos relevantes que afetam diretamente os mesmos, como por exemplo, quebras em safras de importantes países produtores, ou mesmo por conta de algum evento pouco provável como a ocorrência de problemas sanitários como a “vaca louca” na Europa no ano de 2001, que impulsionou extraordinariamente as exportações do Brasil para o número recorde até então de 5,62 milhões de toneladas, uma novidade, que fez os preços do milho para o produtor explodirem naquele ano.

29/03/2011 - 11:17


Observando o que acontece com os preços do milho ao produtor,  principalmente a partir do terceiro trimestre de 2010, nota-se que algo de novo está acontecendo, sendo que as exportações novamente exercem muita pressão sobre os mesmos.Nesse sentido, uma boa referência são os embarques no Porto de Paranaguá, que chegaram a 3,15 milhões de toneladas, um crescimento de 73,8% em relação ao ano de 2009. Outro indicador importante e que deve ser considerado, são os preços médios nominais recebidos pelos agricultores do Paraná em fevereiro de 2010, que foi de R$14,09 a saca, comparando-se com os preços de fevereiro de 2011, houve elevação de 58,55%, pois a média já consolidada pelo DERAL(Departamento de Economia Rural) ficou em R$22,34, em pleno período de colheita da safra de verão, quando normalmente os preços caem em função da maior oferta.

Nem mesmo o Tsunami ocorrido no Japão, maior importador deste cereal, foi capaz de causar incertezas em relação a solidez da rota crescente dos preços do milho no mercado global.

Quais seriam então, as principais variáveis, que estariam impulsionando os preços e, ao contrário de outros anos, fazendo com que o milho seja atualmente o grão com maior liquidez no mercado? São muitas, no entanto, é crucial a partir deste momento, ficarmos atentos aos seguintes fatores:

  • Evolução da safrinha de milho, especialmente no Paraná e Mato Grosso, maiores produtores, e ambos com semeadura atrasada, e consequente aumente do risco face à geada e seca, as informações sobre a produtividade à ser alcançada pelas lavouras desses dois estados, devem afetar decisivamente os preços daqui para frente;
  • Último dado informado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), aponta quebra na safra Argentina de milho de 22,0 para 20,5 milhões de toneladas. Na medida em que se ajustam esses dados, mercado reage automaticamente, por isso é bom ficar de olho;
  • A partir do mês de abril, deve acentuar divulgação de boletins do USDA sobre os estoques americanos e intenção de plantio, fatos extremamente relevantes e que afeta substancialmente o quadro de oferta mundial;
  • Por fim, observar a demanda sempre a partir do que acontece na China.

 

Resta agora aos consumidores de milho, entre eles - é claro - os suinocultores e avicultores, se posicionarem da melhor forma, no sentido de ter à disposição, com o menor custo possível, deste insumo tão vital às suas atividades. Nesse contexto, é sempre bom lembrar, que da mesma forma que tranzações futuras são mecanismos extremamente úteis, para que os produtores se protejam de variações indesejáveis dos preços, também os consumidores de milho em especial, não devem abrir mão dos mesmos instrumentos, nesse caso para se protegerem de possíveis aumentos, que é uma forte tendência para este ano.  

 

João Luis R. Nogueira

Téc. DERAL/TOLEDO

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