A OMS estima que um terço da população mundial adulta – 1,2 bilhão de pessoas, entre as quais cerca de 200 milhões são mulheres – sejam fumantes. Este fator aumenta a preocupação dos gestores em saúde já que nos casos de mortes infantis em Toledo, das dez ocorridas neste primeiro quadrimestre, quatro apontaram que os filhos eram de mães tabagistas. “É um dado preocupante que faz com que nós tenhamos uma preocupação muito grande com esta questão, por isso o CAPS e o COMAD estão realizando esta ação que conta com o apoio da Secretaria de Saúde”, comentou a secretária da Saúde de Toledo Denise Campos.
Diante do quadro, a principal arma dos órgãos de saúde ainda é a prevenção. De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Controle do Tabagismo em Toledo, Camila Dias Carvalho, o primeiro passo para acabar com o vício é querer. “No CAPS AD, temos grupos de terapia colaborativa, com o enfoque erradicar o vício no paciente. Os casos de sucesso são aqueles em que o paciente vem por vontade própria e não por vontade da família. A motivação própria é o segredo do sucesso”, contou Camila.
O tabagismo mata seis milhões de pessoas no mundo anualmente. Ele é o fator de risco mais importante para doenças crônicas comuns, como o câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e doenças respiratórias.
Problemas de saúde
A nicotina do tabaco causa dependência química similar à dependência de drogas como heroína ou cocaína. De acordo com Denise Campos, o tabagismo está na Décima Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), no grupo dos transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substância psicoativa. “É considerado uma doença pediátrica, pois a idade média da iniciação é 15 anos. Mesmo as pessoas que não fumam correm sérios riscos”. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo passivo é a 3ª causa de morte evitável no mundo e o maior responsável pela poluição em ambientes fechados.