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GERAL

Venda de pescado aumentou em torno de 40%

Durante o ano o consumo de pescado per capita ainda é considerado baixo se comparado a outros tipos de carne e países. Segundo dados do ano de 2007, o consumo de pescado no Brasil está em 9.8 quilos por pessoa por ano. Na China, por exemplo, o consumo por pessoa é de 21 quilos ao ano. Já no período da Quaresma o consumo aumenta significativamente refletindo na venda.

02/04/2011 - 09:42


A proprietária de uma loja de pescados, Dilma Esteves da Cruz, disse que já faltou peixe, mas foi providenciado. O corte mais procurado é o filé de tilápia, já o peixe inteiro para assar a preferência é o dourado. “A quaresma iniciou há pouco tempo e já ocorreu um aumento de aproximadamente 40% nas vendas do pescado. Até a Sexta-Feira Santa a venda aumenta em até quase 100%”.

A nutricionista Juliana Veit, afirma o ideal de consumo de peixe é de três vezes por semana. No entanto, a maioria das pessoas não chega a consumir pescado nenhuma vez por semana. Um dos principais motivos ainda é alto custo do pescado. “As pessoas ainda acham o pescado uma carne cara, e não têm o hábito de consumir, por não conhecer o valor nutritivo deste pescado e do bem que ele pode proporcionar ao nosso organismo”, salientou.  Juliana afirma ainda que “não é da cultura do brasileiro consumir o peixe, principalmente na região Sul que tem o costume do churrasco. No Norte, o consumo é um pouco mais expressivo, porém ainda considerado baixo”.
A nutricionista acredita que a Páscoa é a época que este consumo se eleva em função de toda religiosidade que tem envolvida neste período. “Eu – como nutricionista – e a equipe do Grupo de Estudos de Manejo na Aquicultura (GEMaq), da Unioeste, estamos desenvolvendo produtos diferenciados para instigar o consumidor, para que ele possa ter alternativas de produtos diferenciados e que sejam práticos no momento do preparo. Temos vários produtos a base de peixe que é para justamente incentivar este consumo”.
Ela ainda acrescenta que os produtos estão sendo pesquisados pelo Grupo. “Já foram feitas as análises sensoriais, testes microbiológicos e físico-químicos. As receitas e os produtos estão prontos, falta recurso e o empresário ter o interesse em incluir o produto na linha de produção. Atualmente, o mercado de pescado rende bastante dinheiro ao empresário, e a filetagem é área que mais rende ao empresário. Logo, ainda não há o interesse de montar uma empresa para empanados ou de hamburguers para peixes, por exemplo”.
O empresário, segundo Juliana, deve investir em mão-de-obra, em equipamentos. “Envolve um estudo e planejamento de mercado, pois o empresário precisa saber se o que ele vai produzir o consumidor vai comprar, mas o custo não é elevado”.
Produtos
Na entrevista em vídeo, confira alguns produtos desenvolvidos no GEMAq. Os produtos apresentados pela nutricionista foram: almôndega (um bolinho de peixe que foi elaborado para ser incluído na merenda escolar). A nutricionista explica que ele é um produto cozido, porque na merenda escolar não se pode ter produtos fritos. “A criança que come peixe, ela vai acabar influenciando a família, pois criança que come peixe será um adulto que consumirá peixe”.
Juliana também mostra os nuggets que são os empanados de peixes – produtos cárneos revestidos por uma camada de farinha; os hamburguers considerados produtos conceituados no Brasil e em outros países, porque há uma cultura de se comer hambúrguer e os espetinhos de peixes que são produtos bem aceitos e gostosos. Como a maioria dos produtos é fritos, não devem ser consumidos diariamente. “Desenvolvemos algumas receitas aos empresários que queiram desenvolver estes produtos, porque é uma alternativa ao consumidor”.
 
Dicas de como escolher o melhor pescado
Para que o pescado continue sendo uma fonte rica em saúde, são necessários vários cuidados, desde a hora de pescar ou do cultivo, até quando ele vai à mesa do consumidor. O Ministério da Pesca e Aquicultura chama atenção para o cuidado com as boas práticas e dá dicas de como escolher um bom pescado.
Para escolher um pescado de qualidade o consumidor deve estar atento em primeiro lugar ao estabelecimento, é obrigatório o uso de luvas descartáveis por quem manuseia o produto, o ambiente de manipulação do pescado deve estar bem higienizado, bem como os instrumentos de trabalho do peixeiro.
Pescado fresco
Os peixes frescos devem possui pele firme, bem aderida, úmida e sem a presença de manchas; os olhos devem ser brilhantes e salientes; as escamas devem ser unidas entre si, brilhantes e fortemente aderidas à pele; as brânquias (guelras) devem possuir cor que vai do rosa ao vermelho intenso, ser brilhantes e sem viscosidade; odor característico e não repugnante; livre de contaminantes (como areia, pedaços de metais, plásticos, combustíveis, sabão e moscas).
Pescado seco
O “pescado seco” é dessecado de forma apropriada sem adição de sais. O “pescado salgado seco” é dessecado inteiro e tratado com sal (cloreto de sódio). Ele deve estar armazenado em local limpo, protegido de poeira e insetos; ausência de mofo, ovos, ou larvas de moscas, manchas escuras ou avermelhadas, limosidade superficial, amolecimento e odor desagradável.
Produtos congelados
Os produtos congelados devem ser conservados sempre a temperaturas inferiores a -18ºC e resfriados abaixo de 0ºC. No caso de produtos resfriados ou congelados, preste atenção se há poças de água no freezer e a presença de produtos molhados. Esses fatores podem indicar que o freezer foi desligado ou teve a sua temperatura reduzida, o que pode comprometer a qualidade do produto, causando sua deterioração; os peixes já fatiados e industrializados só devem ser adquiridos se estiverem carimbados com o selo do SIF (Serviço de Inspeção Federal).
Pescado enlatado
O pescado em conserva é armazenado em recipientes herméticos, podendo ser vendido nas seguintes categorias:
- “Ao natural”: é o pescado armazenado com salmoura fraca, adicionada ou não de temperos; -- “Em azeite ou em óleos comestíveis”: é o pescado armazenado em azeite de oliva ou outro óleo comestível, adicionado ou não de temperos.
Os rótulos ou embalagens devem apresentar informações obrigatórias, como identificação da origem, prazo de validade, instruções para uso, quando necessário, o Selo de Inspeção Federal (SIF).
Cuidado com as embalagens
A embalagem deve conter o nome do produto; lista de ingredientes em ordem decrescente de quantidade. Isto é, o ingrediente que estiver em maior quantidade deve vir primeiro, e assim por diante; conteúdo líquido (quantidade ou volume que o produto apresenta); identificação da origem (identificação do país ou local de produção daquele produto); identificação do lote.
Prazo de validade
O dia e o mês para produtos com duração mínima menor do que três meses e o mês e o ano para produtos com duração superior a três meses; instruções para o uso, quando necessário. No caso de produtos importados, as informações devem estar em português.
Os produtores de pescado embalado devem ainda declarar a rotulagem nutricional obrigatória com as seguintes informações: valor energético, carboidratos, proteínas, gordura totais, gorduras saturadas, gordura trans, fibra alimentar e sódio.
Outras recomendações
O consumidor deve escolher um estabelecimento organizado e limpo; verificar a higiene dos atendentes; observar se os pescados estão mantidos na temperatura recomendada pelo fabricante (refrigerados, congelados ou à temperatura ambiente); adquirir o pescado (refrigerado ou congelado) ao final das compras.
 
Confira a entrevista em vídeo.
 
Por Graciela Souza
 
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